Reprogramação do PRR vale 2.850ME às Agendas Mobilizadoras. Ensino Superior também é reforçado

2.850 milhões de euros. Este é o novo valor que será direcionado para as Agendas Mobilizadoras fruto da reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A informação foi avançada pela Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, durante as Millennium talks que decorreram até ao início da tarde, no Altice Forum Braga.
Trata-se de mais 1.920 milhões, visto que inicialmente estavam previstos apenas 930 milhões de euros. Deste valor, 38% será direcionado para o sistema científico, ou seja, estão incluídas as universidades, politécnicos e laboratórios.
Segundo a Ministra este é “o maior aumento feito nas Agendas”. Para Elvira Fortunato esta é uma “excelente forma de capacitar, de forma igual, todo o sistema científico e tecnológico a “100% independentemente da região”.
Recorde-se que o Governo quer rever as medidas previstas no PRR e, com isso, aumentar o cheque de fundos europeus que será recebido por Portugal. Ao todo, estão previstos mais 4 mil milhões de euros face ao que estava previsto inicialmente, e metade deste montante será dirigida à inovação empresarial.
MCTES quer apostar nas ciências agrárias e na medicina.
O Impulso Mais Digital é outro dos programas que serão alvo de um reforço do PRR, mais concretamente, as áreas da ciência agrária e medicina. “Queremos de alguma forma modernizar mais a parte das ciências agrárias, queremos juntar às ciências agrárias a biotecnologia, queremos usar tecnologia até através de satélites. Há uma série de coisas que nós temos ao novo alcance e que devemos incorporar nas ciências agrárias, até para cativar mais jovens para esta área menos atrativa. Na parte da medicina, queremos exatamente reforçar a medicina com técnicas, com laboratórios, com simulação com mais tecnologia”, explica.
O PRR passa agora a contar com uma linha de financiamento direcionada para a ciência e ensino superior na vertente da investigação com uma dotação orçamental de 213 milhões de euros que será da responsabilidade da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). “Não podemos dissociar a investigação do ensino superior”, declara. A FCT terá capacidade para atribuir e financiar projetos de investigação neste programa.
FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia vai mudar de instalações
Este ano, a FCT vai atribuir bolsas para doutoramento em ambiente não académico, ou seja, em empresas e função pública. De acordo com a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, a FCT já recebeu mais de 400 manifestações de interesse, sendo que serão atribuídas até 400 bolsas. A governante adianta ainda o interesse já manifestado pelo Ministério da Justiça e Defesa para acolher mão de obra qualificada.
Em breve, a governante espera que a FCT abandone, em definitivo, o edifício da Avenida D. Carlos I. Elvira Fortunato pretende direcionar a verba gasta em renda para a ciência e tecnologia. Além disso, existe a intenção do Governo de criar um Campus de Ciência e Tecnologia, com um balcão digital e físico. Uma forma, na ótica da ministra, de aproximar a FCT dos investigadores.
