Investigadoras da UMinho querem acelerar seleção de fármacos para tratar doenças raras

O projeto ‘Screen4Health’ das investigadoras Joana Sousa, Andreia Castro e Patrícia Maciel venceu o concurso de ideias de negócio da UMinho, SpinUM. As três cientistas da Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho) estão a acelerar o processo de seleção de fármacos promissores para o tratamento de doenças raras, como ataxias.

As cientistas partem do C. elegans, um minúsculo verme do solo e da água que permite mimetizar doenças humanas, ajudando a identificar compostos promissores na supressão de doenças neurológicas raras, com ensaios automatizados e cientificamente validados. 

A metodologia procura compostos com alta probabilidade de serem eficazes em contexto clínico e só estes serão testados em organismos mais complexos, acelerando a translação para a fase clínica e a eventual descoberta de tratamentos para aquelas doenças. 

Atualmente, as investigadoras encontram-se a criar a start-up ‘Screen4Health’, sendo que estão na fase de captar investimento.

Nesta edição do SpinUM foram distribuídos prémios monetários e oferecidos serviços de apoio à propriedade industrial num valor total de 9.000 euros. Esta iniciativa lançada pela interface TecMinho é cofinanciada pela rede UI-CAN, no âmbito do programa Compete 2020 / Portugal 2020, e pelo Fundo Social Europeu.

O 2º Prémio foi atribuído à ideia ‘Move+’. da autoria de Cristina Santos, Nuno Ribeiro e Luís Martins, o projeto consiste numa ferramenta de avaliação do risco de queda baseada em informação sensorial e Inteligência Artificial, que inclui a deteção de atividades diárias de risco e quedas, estimativa de indicadores de equilíbrio, marcha e fadiga e análise do contexto ambiental.

Já o projeto ‘CodArte’ recebeu o 3º Prémio e tem como objetivo criar caixas rígidas de alta segurança para instrumentos de música clássica, o mesmo foi apresentado pelos seus promotores Thomas Gomes, Filipe Bernardo, Sandra Vaz e José Abreu.