CMG desafia clubes a disponibilizar respostas desportivas diferenciadas 

O vereador do Desporto da Câmara de Guimarães desafia os clubes do concelho a disponibilizar respostas para o público adulto que não procura a prática competitiva.

Esta foi uma das lacunas identificadas pelo estudo sobre os hábitos desportivos vimaranenses, promovido pela autarquia em parceria com a Tempo Livre e desenvolvido pelo Instituto Europeu de Estudos Superiores, com o apoio do IPDJ.

Na apresentação dos resultados, Nelson Felgueiras apontou esta como uma oportunidade “e um excelente desafio para os clubes reforçarem a sua relação com a comunidade”. “Os clubes têm que criar respostas diferenciadas para um público que, neste momento, não tem resposta neste contexto. Temos resposta para os miúdos, para a formação, para o contexto competitivo, mas que resposta têm para aqueles que não querem a prática competitiva, que já não estão em idade formativa e que querem continuar a praticar desporto e atividade física?”, questionou.

O vereador evidenciou ainda que, em Guimarães, “a maior parte dos praticantes dizem que fazem desporto por diversão” e os equipamentos mais reconhecidos são os espaços verdes. “Se cruzarmos esta perceção da prática espontânea com a fruição, o espaço verde e a diversão, teremos aqui um bom triângulo para irmos aos 14% do potencial de crescimento, o que faria com que estivéssemos encostados à média europeia e que 50% da população vimaranense em idade adulta praticava atividade física”, reforçou. 

Guimarães acima da média nacional na prática desportiva

O Eurobarómetro do Desporto Europeu publicado em 2022, indica que a prática desportiva em Portugal está nos 23%, enquanto o concelho de Guimarães apresenta uma participação desportiva de 33%. Dos 67% da população que não pratica desporto, 14% considera começar a praticar.

Nelson Felgueiras espera que Guimarães consiga trabalhar uma estratégia para se aproximar da média europeia.

O estudo demonstra que os praticantes de desporto no concelho consideram que, na generalidade, a nota é positiva para as instalações existentes, a oferta desportiva e para os programas desenvolvidos. Ainda assim, “a pouca perceção e participação nos eventos desportivos” é um parâmetro a ser melhorado.

As mulheres são um público-alvo, uma vez que praticam menos desporto que os homens, “por falta de tempo”. “Isto é uma reflexão mais alargada, sobre a conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal, e eu espero que geracionalmente isto também se vá quebrando, porque é uma resposta que, enquanto sociedade, temos que dar”, afirmou.

Estudo vai integrar estratégia municipal para a atividade física

O estudo concluiu ainda que a capacidade económica dos cidadãos e o menor acesso à informação condiciona a prática desportiva, e destacou o acesso fácil às instalações desportivas do concelho, a sua qualidade e quantidade. 89% dos inquiridos considera que a oferta de instalações desportivas no concelho é satisfatória ou muito satisfatória, com 58% a não encontrar qualquer problema com a oferta de serviços desportivos existente. A maioria dos praticantes e potenciais praticantes afirmam assistir ocasionalmente a espetáculos desportivos do concelho, enquanto que a maioria dos não praticantes assiste raramente. A área de desenvolvimento desportivo mais valorizada pelos inquiridos é a do “Desporto e Turismo”.

Amadeu Portilha, presidente da Direção da regi-cooperativa Tempo Livre, justifica este estudo com a necessidade de Guimarães ter um instrumento que permita ter uma radiografia da realidade desportiva do território.

Este estudo vai integrar a estratégia municipal para a atividade física que a Câmara está a desenvolver e que deverá ser aprovada até ao final do ano. 

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Liliana Oliveira
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