Aumento do bilhete de autocarro concessionado pela CIM Cávado preocupa AAUMinho

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) está preocupada com a atualização do preço do serviço de transporte assegurado pela CIM do Cávado, entre Braga e Guimarães.

Recordo que também a AAUMinho assegura o transporte entre as duas cidades, através de um autocarro próprio e de uma concessão com a empresa Barquense, que tem visto a procura aumentar, face à subida do preço na outra alternativa.

Segundo Margarida Isaías, são várias as queixas dos estudantes que têm chegado à Associação Académica, depois do bilhete da viagem, realizada pela concorrência, entre as duas cidades ter passado de 1 para 4 euros, em março.

A viagem Braga-Guimarães custa, no autocarro da Associação Académica ou na Barquense, que é a concessionária, à volta de 1,70 euros. O preço subiu face “aumento de despesas, tanto ao nível do preço de combustíveis, como da inflação”. Nessa mesma altura, lembra a estudante de Medicina, “a CIM Cávado reduziu para um euro e, desde 1 de março, aumentou para quase 4 euros”. “Tem um impacto bastante grande nos estudantes”, reforçou.

De acordo com a presidente da AAUMinho, “há relatos de estudantes que ficaram na paragem porque o serviço de transportes da Associação Académica já estava bastante cheio”. “Queremos colmatar isso, mas, claro, acarreta despesas extra”, apontou.

O aumento do número de passageiros é já visível, tanto pelo aumento em causa como pelas circunstâncias inflacionistas atuais.

Nesse sentido, a Associação Académica está a estudar a possibilidade de “aumentar o número de autocarros disponíveis nos horários de maior influência”. “Será uma questão que também iremos levar à reitoria”, adiantou Margarida Isaías.

Preço praticado até 1 de março era promocional, mas estudantes podem adquirir passe intermunicipal com desconto

Contactado pela RUM, Rafael Amorim, da CIM Cávado, explica que o serviço de transporte passou, a 1 de janeiro, a ser concessionado e a Transdev aplicou um desconto entre janeiro e março.

“A Transdev trabalha com base num contrato que regula a prestação de serviços públicos de transportes passageiros por meio de rodoviário em todas as NUT3. Antes de 1 de janeiro, havia diversos operadores que praticavam os preços que queriam e da forma como queriam, a partir dessa data há uma nova regulamentação jurídica que obriga a que os trajetos sejam feitos de uma determinada maneira”, explicou.

Além disso, segundo Rafael Amorim, “as tarifas praticadas são resultantes da aplicação das diretivas que foram emanadas pela entidade reguladora do setor, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, que anualmente procede à determinação da taxa de atualização tarifária”.

Em algumas linhas, durante o período experimental, “o operador decidiu instituir um conjunto de tarifas promocionais”.

“O tarifário que está em vigor, no âmbito do contrato de concessão já está divulgado pelo menos desde o final do ano passado e já prevê estas tarifas”, adiantou ainda o responsável.

Ainda assim, lembra Rafael Amorim, existem os chamados passes sociais intermunicipais para todos os habitantes do território do Cávado, que têm 50% de desconto.