Maioria socialista vimaranense chumba propostas do PSD/CDS para a habitação

O executivo municipal vimaranense, liderado por Domingos Bragança, chumbou, na reunião de câmara desta quinta-feira, um pacote com sete propostas do PSD para a habitação. Os socialistas dizem tratar-se de medidas “precipitadas e insensatas”.


Em causa está uma proposta da coligação de direita que passa pela “criação de programas de apoio à habitação para jovens, de incentivo à reabilitação urbana, de arrendamento acessível e de combate ao empobrecimento energético, assim como a atribuição de um apoio extraordinário à prestação bancária para habitação própria e permanente”. Os vereadores do PSD e do CDS sugeriram ainda “criação de um Conselho Municipal de Habitação, onde possam estar os diferentes agentes do setor”, e ainda transferir “as competências da Divisão de Habitação para o Departamento de Desenvolvimento do Território”, com a implementação de chefia e quadros técnicos.

Aos jornalistas, o presidente da Câmara, Domingos Bragança, explicou que o programa do Governo, “Mais Habitação”, ainda está em discussão pública e não são conhecidos os apoios financeiros que serão atribuídos às autarquias, que poderão ter iniciativas complementares às nacionais. “Estamos a fazer este trabalho há meses e o que o PSD apresentou não é nada de novo. Os vimaranenses não perdem nada, se fossemos intempestivos, perdiam era capacidade financeira do município para fazer mais e melhor”, apontou o autarca.

O socialista lembrou ainda que Guimarães “foi dos primeiros municípios a ter um programa de apoio ao arrendamento, tendo já chegado a mais de mil famílias, apoio à reabilitação dos edifícios e o investimento na reabilitação energética, que implicou já um investimento de cinco milhões de euros.

“Fomos dos primeiros municípios a apresentar uma Estratégia Local de Habitação, em 2019”, reforçou.

A este propósito, a autarquia teve o documento em revisão para “aumentar dos 11 milhões de euros atribuídos para cerca de 32 milhões de euros”. Não satisfeito, o executivo avança, agora, para uma segunda revisão, para “acomodar ainda mais apoios”.

Para a oposição, “os vimaranenses é que perdem”. Ricardo Araújo criticou as justificações apresentadas pelo presidente da Câmara, considerando que “as propostas do PSD não são incompatíveis nem se sobrepõe às propostas que o Governo tem em discussão pública”. “Muitos municípios do país têm medidas como estas a ser implementadas. Estar à espera do Governo é prejudicar os vimaranenses”, acrescentou.

O social democrata esclareceu ainda que o objetivo destas medidas era “ajudar a minimizar ao problema e aumentar a oferta da habitação” no concelho.

“Guimarães está a adiar um conjunto de medidas que podia implementar, num tempo que é de ação”, finalizou, frisando que “não há razão para os vereadores do PS terem votado contra”.

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Liliana Oliveira
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Abel Duarte
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