CCVF transforma-se num ringue de boxe no espetáculo ‘Má Educação’

Produzido pela companhia de teatro ‘Formiga Atómica’, o espetáculo ‘Má Educação – Peça em 3 Rounds’ vai transformar o palco do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães, num ringue de boxe, colocando frente a frente o teatro e a dança com a mediação da música. 

À RUM, Miguel Fragata, encenador e um dos fundadores da companhia de teatro, juntamente com Inês Barahona que assina o texto, explica que o espetáculo convida a “refletir sobre a tensão entre professores e alunos, futuro e passado, a escola que existe e a que desejamos”.

“Este espetáculo nasceu de uma longa pesquisa em várias escolas onde escutámos não só os alunos e os professores, mas também todas as pessoas que estão de certa forma ligadas à comunidade educativa, desde pais e cozinheiros aos motoristas de autocarro para perceber o que pensam sobre a escola que existe, a escola que conhecem e a ideal”, revela.


Um piano de cauda acompanha os combates como “um árbitro que vai dialogando com quem ali se enfrenta”. No palco, uma bailarina, uma atriz e uma criança, de três gerações diferentes, entram em confronto. 

A peça está divida em três partes que “exploram diferentes possibilidades e relações entre professor e aluno, mas também diferentes possibilidades de olhar para a escola”. “O primeiro round tem uma dimensão mais convencional, tradicional e ligada ao passado. No segundo exploramos todo um universo que tem a ver com uma linhagem de mestres e discípulos que vem desde a Grécia Antiga, onde o discípulo acaba por suplantar o seu mestre. E o terceiro tem uma dimensão que está mais próxima de um ideal”, esclarece.


‘Má Educação – Peça em 3 Rounds’ propõe refletir sobre a educação

Miguel Fragata conta que o espetáculo surgiu da vontade de produzir uma peça sobre as dificuldades na área da educação e na escola, “um lugar que existe da mesma maneira há mais de 200 anos”. “A escola que conhecemos hoje é mais ou menos a mesma, com poucas variações”, aponta, sublinhando que a intenção é refletir sobre o “porquê de esta instituição ser tão avessa à mudança”.

Com coreografia de Victor Hugo Pontes e interpretação de Ana de Oliveira e Silva, Carla Galvão e Teresa Gentil, bem como a participação especial de Vitória Fragata, a interpretação em Língua Gestual Portuguesa de Valentina Carvalho e música de Hélder Gonçalves, o espetáculo sobe ao palco este sábado, às 16h00.

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Catarina Martins
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