Praça do Município. Fusão das CIM’s pode ser “o primeiro passo para a regionalização”

Jorge Cruz acha que a fusão da CIM do Ave, Cávado e Alto Minho pode ser o primeiro passo para a regionalização.

A AEMinho vai propor ao Governo, em março, a junção das Comunidades Intermunicipais da região, acreditando que uma visão integrada permite otimizar investimentos para esta zona do país.

No programa de debate político da RUM, Jorge Cruz dá razão à AEMinho, uma visão que, acrescenta, “é secundada pelo presidente da CCDR-N”. “António Cunha também falou sobre o novo quadro que vai regular as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e as novas competências, dizendo que vai ganhar força e um peso político que não existe”, evidenciou o comentador, que não acredita que as CCDR “ganhem tudo o que deviam”, uma vez que “continuam a ser presididas por uma pessoa que não é eleita e não têm autonomia total”.

“Por exemplo, quando o presidente da CCDR vai negociar com o presidente da Junta Autónoma da Galiza, há matérias em que na Galiza se pode decidir no imediato e do lado de cá não têm competências quase nenhumas, porque o que for proposto vai ter que apresentar à tutela para esta decidir”, exemplificou.

A fusão, acredita Jorge Cruz, pode permitir ganhar “autonomia e competências”, algo que “iria favorecer toda a gente”.

O comentador aponta ainda as potencialidades de crescimento que o quadrilátero urbano tem, recordando o interesse que Viana do Castelo já demonstrou em juntar-se a Braga, Guimarães, Barcelos e Famalicão, bem como os concelhos de proximidade. “Pode e deve criar-se uma zona metropolitana com bastante força. Neste momento, são cerca de 600 mil pessoas e pode quase duplicar-se o número. Será, no futuro, uma das áreas metropolitanas mais pujantes do país”, afirmou.

António Lima não acredita que a junção das CIM’s seja o caminho mais indicado. “Acho que tudo não seja a regionalização não vai muito longe. Não estou a ver como se poderia articular a fusão das CIMs. Parece-me difícil”, apontou. Ainda assim, o comentador, que é defensor da regionalização, apoia e incentiva “as pessoas que defendem a fusão das CIMs a exigir a regionalização”. “Já sabem que vão bater em Belém, porque o Presidente da República tem horror à eutanásia e à regionalização”, acrescentou.

António Lima acredita que a existência de um governo regional permitia “poupar recursos e gerar mais confiança entre as autarquias”.

A junção das Comunidades Intermunicipais do Ave, Cávado e Alto Minho, defendida pela Associação Empresarial do Minho, foi um dos temas debatidos no Praça do Município, desta semana. O programa de debate político da RUM é reposto esta segunda-feira, depois das 20h00.

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Liliana Oliveira
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