Estudo sobre impacto da UMinho nos últimos 50 anos vai ser apresentado em 2024

A Universidade do Minho foi criada em 1973 e a sua comissão instaladora tomou posse em 17 de fevereiro de 1974. Desde então, muito mudou nos territórios onde está inserida. Tendo a particularidade de apresentar um polo na cidade de Braga e outro na cidade de Guimarães, a instituição de ensino superior minhota foi crescendo em oferta formativa e em edificado. A interação com a comunidade e com o tecido empresarial é conhecida, mas os dados concretos estão agora a ser estudados pelos professores Fernando Alexandre e Carlos Bernardo, da Escola de Economia. A apresentação dos mesmos está prevista para janeiro de 2024, ano em que a UMinho assinala, efetivamente, os seus cinquenta anos.

No caso da produção científica, o estudo está a cargo de Eloy Rodrigues, dos Serviços de Documentação da Universidade do Minho e será apresentado no último trimestre de 2023.

Na noite desta terça-feira, em entrevista ao programa Campus Verbal, João Rosas, presidente da comissão organizadora dos 50 anos da UMinho, explicou que o programa [que ainda não está fechado e aguarda contributos das unidades orgânicas] também pretende “estudar o impacto social, económico e científico da universidade e perspetivar os próximos cinquenta anos”. Ainda que reconheça que “é praticamente impossível acertar sempre, porque o futuro nunca está encerrado”, João Rosas afirma que a Universidade do Minho deverá continuar como “uma universidade completa, que cobre diversas áreas, e que tem que apostar na inovação pedagógica”.

“A UMinho sempre foi uma universidade inovadora e quer continuar nessa senda. Na pedagogia tem que inovar muito mais, e isso também passará por uma grande renovação geracional. Nos próximos cinco, dez anos no máximo, haverá uma enorme renovação geracional e é importante esta passagem de testemunho”, defende o também presidente da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas, aos microfones da RUM.

UMinho terá Biblioteca Digital para assinalar 50 anos de história.

“Muita gente não sabe que inicialmente se pensava fazer um único campus, situado entre Braga e Guimarães. Foi uma grande discussão e depois optou-se pelo chamado modelo bipolar. Cá estamos, ele está perfeitamente consolidado e funciona”.

O presidente da Comissão organizadora dos 50 anos da Universidade do Minho, antecipa um estudo “muito alargado e interessante” que trará “um novo conhecimento e novos dados para pensar e refletir sobre a universidade”. 


Recordando que até 1973 havia três universidades em Portugal e que a opinião maioritária era de que não deveria haver mais, sublinha que as novas universidades democratizaram a sociedade portuguesa. “O surgimento da ideia de universidades novas acontece no meio de grande contestação no seio do próprio governo. É importante que toda a comunidade, inclusivamente os mais jovens, percebam que houve uma aposta no futuro. As novas universidades contribuíram de uma forma extraordinária para o processo de democratização da sociedade portuguesa, de democratização do ensino, de desenvolvimento social e económico. O impacto é extraordinário e, particularmente no caso da Universidade do Minho, que estava mais longe do centro e de Lisboa”, assinala.


A instalação da UMinho nas cidades de Braga e Guimarães é ainda referida pelo docente como uma questão “interessante”, até porque também suscitou uma grande discussão, na altura, pela própria rivalidade entre a cidade berço e a cidade dos arcebispos. 

“Muita gente não sabe que inicialmente se pensava fazer um único campus, situado entre Braga e Guimarães. Foi uma grande discussão e depois optou-se pelo chamado modelo bipolar. Cá estamos, ele está perfeitamente consolidado e funciona”, realça ainda o docente.


O programa de comemorações do cinquentenário contempla iniciativas culturais, sejam concertos, performances ou até peças de teatro e arte de rua. Para junho está agendado um espetáculo multimédia, em Braga, no Largo do Paço. Repitirá em Guimarães em local a definir. 


Além dos estudos e conferências, a instituição de ensino superior minhota passará a ter um arquivo digital que reúne os principais momentos da instituição ao longo deste meio século.


A par da UMinho, outras instituições de ensino superior que também surgiram na mesma época, as chamadas universidades novas, também integram o programa.


A RUM será a casa de um podcast dedicado à efeméride, intitulado, ‘Memórias e visões para o Futuro da UMinho’, a iniciar em abril deste ano e será ainda lançada uma revista comemorativa.

A equipa liderada pelo Professor João Rosas está ainda a trabalhar uma exposição itinerante, que surgirá primeiramente nas cidades de Braga e Guimarães, mas que se pretende que passe por outras cidades da região.

Comemorações dos 50 anos da UMinho contam com o Alto Patrocínio do Presidente da República

Em março, nos campi de Gualtar e Azurém vão nascer dois bosques do cinquentenário, com a plantação simbólica de 50 árvores em cada um dos espaços, marcando o momento, o compromisso com o ambiente e sustentabilidade e um legado para o futuro.

O programa de comemorações dos 50 anos da Universidade do Minho conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa já se comprometeu a marcar presença em várias iniciativas que englobam o programa. Os Municípios de Braga e Guimarães são outros dos patrocinadores. O programa conta também com o apoio da Rádio Universitária do Minho.

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Elsa Moura
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