Câmara ainda não recebeu plano de intervenções do SC Braga para Estádio Municipal

A Câmara mostra-se disponível para apoiar o SC Braga num eventual conjunto de intervenções no Estádio Municipal, mas não financeiramente. O assunto esteve em destaque na reunião de executivo decorrida esta segunda-feira.
Na sequência da agressão a um fotojornalista que aconteceu, este domingo, depois do desafio com o FC Arouca, a vereadora da CDU alertou para a necessidade de “resolver de uma vez por todas os problemas de acessibilidade e mobilidade que têm sido apontados desde a construção”.
Bárbara de Barros dá o exemplo do número de elevadores, local onde se sucedeu o episódio, considerando “manifestamente insuficiente para a quantidade de adeptos que se deslocam ao estádio e para os profissionais, como jornalistas”. A comunista defende que haja “um acesso separado” entre estes últimos e os espetadores, como previsto nos regulamentos dedicados ao recintos desportivos, algo que teria “evitado incidentes como o de domingo”.
Já o presidente da Câmara de Braga reconhece que “a obra não prima pela funcionalidade”, referindo que “muitas das queixas que surgiram praticamente desde a inauguração mantêm-se atuais”. Apesar de ser um equipamento municipal, Ricardo Rio esclarece que “não há disponibilidade” para fazer investimentos camarários, até porque “já foi paga uma fatura suficiente por esse equipamento”, cerca de 200 milhões de euros, entre o valor da obra e indemnizações ao consórcio responsável pela construção e ao arquiteto Souto de Moura.
Ainda assim, garante que dá “total liberdade” e “apoio” ao SC Braga para fazer “intervenções de melhoria relacionadas com a acessibilidade e funcionalidade, desde que haja um parecer positivo dos técnicos do município”. Essa intenção foi demonstrada pelo presidente do clube, António Salvador, há cerca de meio ano, quando abandonou a ideia de requalificar o 1º de Maio. Segundo Ricardo Rio, “o plano de intervenções ainda não chegou aos serviços da câmara”.
