Braga. Trabalhadores da Aptiv exigem aumento salarial de pelo menos 100 euros

Os trabalhadores da Aptiv em Braga estiveram reunidos em plenários no início deste mês e discutiram e aprovaram o Caderno Reivindicativo, assim como o calendário de greves para os dias 2, 9, 16 e 23 de fevereiro caso a resposta da empresa não vá ao encontro das necessidades.

O aumento salarial de pelo menos 100 euros para todos os escalões, “para melhorar o poder de compra”, o acrescento de uma quinta diuturnidade, “que vai permitir a valorização da experiencia dos anos de dedicação”, rúbrica que a administração da empresa retirou em 2013, e o pagamento a todos os trabalhadores de um subsídio de turno de 10% e 15% para os turnos fixos e rotativos, respetivamente, “pelas mazelas dos horários que condicionam a vida pessoal, familiar e até a saúde dos trabalhadores”, são algumas das reivindicações.

À RUM, Sérgio Sales, dirigente sindical do Site Norte, afirma que a atualização dos salários em 5.1% em 2022 não compensou o impacto da inflação. “Os trabalhadores consideram inaceitável tendo em conta se tratar de uma multinacional com milhões de lucro e muitos benéficos fiscais. Consideram até ofensiva a proposta que possa surgir em volta dos 5% tendo em conta o prejuízo enorme devido à inflação”, refere.

A redução em 30 minutos dos horários de trabalho, a passagem a efetivos de todos os trabalhadores que ocupem postos de trabalho permanentes há mais de seis meses e ainda a redução da carreira profissional de Operador Especializado e de Operador de Logística para cinco anos e seis meses, em vez dos atuais nove anos e seis meses, são outras das propostas.

Sérgio Sales indica que os trabalhadores foram “forçados a colocar este pré-aviso de greve no mesmo espaço de tempo em que apresentam a proposta” devido ao facto de a empresa ter iniciado negociações com um sindicato que não representa a maioria dos trabalhadores.

“A empresa tem um espaço de tempo para avaliar, estudar e discutir a nossa proposta, mas o pré-aviso foi emitido para precaver aquilo que é a vontade dos trabalhadores porque conhecemos a postura da empresa. Esperemos que desta vez venha ao encontro da resolução dos problemas, mas, se não vier, os trabalhadores no dia 2 estarão disponíveis para fazer greve”, garante.

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Catarina Martins
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