Preço do estacionamento no Hospital de Braga aumenta em 2023

Estacionar no Hospital de Braga vai sair mais caro aos funcionários e utentes no próximo ano. A decisão da Escala Braga, empresa responsável pelo serviço, foi discutida na reunião de executivo municipal desta segunda-feira, merecendo os votos contra de PS e CDU.

A partir de janeiro, a tarifa vai aumentar entre 10% e 20%: o preço sobe de 25 cêntimos para 30 cêntimos nos primeiros 15 minutos; no caso de o estacionamento durar uma hora, o custo transita de 1,15 para 1,25 euros; e o valor máximo a pagar passa a ser de 5,50 euros, mais 50 cêntimos.

Apesar de se tratar de uma empresa privada, de acordo com a lei, este tipo de situações tem de ser deliberado em sede de executivo municipal. O presidente da autarquia, Ricardo Rio, explica que o voto favorável da maioria de direita se relaciona com “uma questão de formalismo” e não por concordar com a subida do valor.


“Tenho pessoalmente e politicamente o meu juízo sobre este tarifário e a maneira como está a ser gerido. Isso é uma coisa. Outra coisa é aquilo que a lei determina: eu, enquanto membro do executivo, tenho de opinar sobre o cumprimento do regulamento”, esclarece.

O edil acrescenta que o modelo de gestão é “errado” e que “prejudica os utentes”, mas que a autarquia não pode interferir nos valores. Visão diferente tem o PS. Hugo Pires argumenta que seria “prudente por parte da câmara ter uma atitude pedagógica perante a administração e alertar que um aumento superior a 10% é brutal”. 


Em último caso, sugere, a autarquia poderia arcar com parte desse aumento, dando o exemplo do que o Governo fez com as concessionárias das portagens nas autoestradas. O socialista vai mais longe e diz que a maioria que governa o executivo municipal tentou “sacudir a água do capote”, ao dizer que “não estava a aprovar o aumento do tarifário, mas sim o procedimento”.


Sobre a CDU, Bárbara de Barros discorda do princípio que leva ao pagamento deste serviço por parte dos funcionários e utentes. A vereadora comunista enaltece que “cobrar o estacionamento é uma decisão totalmente desprovida de sentido de utilidade pública” e que a coligação que representa “nunca esteve de acordo”.


Além disso, lembra que, desde 2020, “terminou-se com o período de tolerância nos primeiros 15 minutos”. “Tem causado alguns constrangimentos na entrada do hospital, no que diz respeita à largada de doentes com mobilidade reduzida, afetando as próprias manobras dos autocarros e das ambulâncias que transportam doentes para consultas”, exemplifica. 

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Tiago Barquinha
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