Orçamento de 185 ME aprovado pelo Conselho Geral da UMinho

O conselho geral aprovou o orçamento da Universidade do Minho de 185 ME para 2023.
O orçamento da academia minhota aumenta quase em 22 milhões face ao ano anterior e 61 milhões face a 2018.
O reitor Rui Vieira de Castro lembrou que, no próximo ano, haverá “maior autonomia por parte das unidades orgânicas”. O orçamento será distribuído pelas 12 unidades orgânicas e pela unidade de governo e administração, o que vai permitir às escolas e institutos usufruir de uma “maior autonomia, transparência e gestão rigorosa”.
As despesas com o pessoal aumentaram 4,5 milhões.
Do orçamento do Estado chegam quase 73 milhões, excluindo os SASUM, um acréscimo de 2,5 milhões face ao desequilíbrio que havia face a outras instituições de ensino superior. O Governo vai ainda transferir 1,5 milhões para ajudar a UMinho a fazer face ao aumento com os custos de energia.
Para 2023, a UMinho estima gastar mais de 2,5 milhões em eletricidade e um milhão em despesas de gás.
Segundo o administrador, António Carlos Rodrigues, “em 2023 verifica-se uma diminuição da dependência, em orçamento inicial, da previsão do OE que, relativamente a 2022, assume uma menor importância na estrutura da receita em 2,90 pontos percentuais (p.p.), por via de uma maior arrecadação de receitas associadas à atividade de I&D, estimando-se, em 2023, um peso de 39,40%”.
Além disso, prevê-se um “aumento da representatividade das receitas provenientes da atividade de I&D em 3,44 pontos percentuais (42,19% em 2022 para 45,63% em 2023), em resultado, essencialmente, do aumento do montante e do número de projetos aprovados ou em fase de aprovação no âmbito do PRR”. O administrador aponta ainda à “ligeira redução do peso das receitas oriundas de propinas e taxas em 0,44 pontos percentuais (11,83% em 2023) na estrutura da receita, por via de uma maior arrecadação de receitas associadas à atividade de I&D, apesar de se verificar um aumento da previsão de receita arrecadada em cerca de 1,9M €”.
Por outro lado, deverá haver um “aumento das despesas com pessoal, face ao Orçamento Inicial (OI) de 2022, em cerca de 4,5 M€ (3,76%), o qual se deve, essencialmente, a concursos de promoção de Pessoal Docente, decorrente da aplicação do DL 112/2021, de 14 de dezembro, concursos para novas contratações de Pessoal Docente, contratações no âmbito do PRR, Avaliação do Desempenho do Pessoal Técnico, Administrativo e de Gestão e, ainda, as contratações no âmbito do Contrato-Programa – Concurso Estímulo ao Emprego Científico – Individual 5ª edição”.
Em empreitadas, durante o próximo ano, a UMinho deverá investir 2,4 milhões.
Depois de várias questões levantadas pelos conselheiros, António Carlos Rodrigues esclareceu que o valor das propinas ficará nas unidades orgânicas e o orçamento prevê cerca de 600 mil euros para investimentos que possam colmatar problemas de deslocação de pessoas com dificuldades de mobilidades, nos campi. O administrador adiantou ainda que a UMinho vai investir 227 mil euros na substituição das lâmpadas dos campi por LED’s.
António Carlos Rodrigues lembrou que há várias entidades em falta com a Universidade, num valor global de aproximadamente 20 milhões de euros” e dependerá destes pagamentos o cumprimento dos objetivos financeiros da academia.
Plano de atividades é exigente, mas exequível”
O plano de atividades para 2023 “é exigente, mas exequível”, disse hoje o reitor da Universidade do Minho, aos conselheiros da instituição. Rui Vieira de Castro anunciou ainda que a UMinho vai passar a dispor de um barómetro que permitirá o acompanhamento do desenvolvimento das medidas propostas.
Na reunião desta sexta-feira, Rui Vieira de Castro alertou, no entanto, para o quadro de instabilidade que se prevê para 2023.
Perante os conselheiros, o reitor disse que há condições para levar a cabo este plano de atividades que traz também propostas que ficaram por executar em 2022, facto de levantou várias críticas por parte de alguns dos conselheiros presentes.
