“O tratamento de um treinador com um árbitro internacional acaba por ser um bocadinho diferente”

Diogo Martins considera que os treinadores de basquetebol têm uma abordagem distinta, mediante o nível do árbitro. Entrevistado no programa RUM(O) Desportivo, emitido esta sexta-feira, comparou o contexto em que se insere a modalidade com o do futebol.
Internacional desde 2019, o juiz bracarense de 30 anos explica que “os técnicos têm conhecimento das nomeações” e que, para alguns, “faz parte da estratégia saber que com determinado árbitro podem ser mais flexíveis e com outro mais rigoroso não têm tanta margem de manobra”.
“O tratamento que têm connosco e nós com eles acaba por ser um bocadinho diferente do que provavelmente com um árbitro que acaba de entrar na primeira categoria nacional e que não tem tanto conhecimento ou tato com os jogadores e treinadores”, aprofunda.
Da mesma forma, assinala Diogo Martins, que recebeu, na última semana, o prémio de melhor árbitro na Gala do Desporto de Braga, os juízes também sabem que “um treinador pode ser mais interventivo do que outro”, precavendo-se para essa situação.
Em relação aos adeptos, considera que “vivem a modalidade de forma diferente”, estabelecendo uma comparação com o futebol. Apesar de também “criticarem” e de “mandarem umas boquinhas”, Diogo Martins fala de uma interação “interessante” entre as partes.
“Há caras conhecidas que vemos nos pavilhões anos e anos a fio. Alguns dos adeptos cruzam-se connosco fora do pavilhão e até fazem comentários, com respeito, e cumprimentam-nos”, assinala.
