“Seria um bom investimento fazer arenas cobertas para que a modalidade não parasse”

Bê Martins considera que a construção de pavilhões para a prática de futebol de praia seria fundamental para o desenvolvimento da modalidade. O tema foi abordado na edição mais recente do programa RUM(O) Desportivo, emitida na sexta-feira.

Devido às condições climatéricas, as competições em Portugal cingem-se aos meses referentes à primavera e ao verão. O melhor jogador do mundo dá o exemplo da Rússia e da Estónia, países onde esse projeto está a avançar.

“Acho que seria um investimento muito bom fazer arenas cobertas em algumas partes de Portugal para que a modalidade não parasse”, enaltece.

Também por causa do cenário descrito, os atletas têm de atuar em vários emblemas ao longo do ano. Além do SC Braga, em 2022, Bê e o irmão gémeo Léo Martins jogaram juntos no Lokomotiv Moscovo (Rússia), Real Munster (Alemanha) e Seferihisar CittaSlow (Turquia). A única diferença registou-se no futebol de praia italiano, em que representaram o Catania e o Viareggio, respetivamente, porque só havia uma vaga em que cada equipa quando foram feitas a propostas.

Presente igualmente no programa, Léo considera que o facto de andar a saltar de clube e de país “não é muito bom” porque necessita-se de ajustar constantemente “horários, alimentação e idioma”, além das dinâmicas de grupos se alterarem. “Infelizmente, o futebol de praia não é uma modalidade profissional em Portugal. Nós que só vivemos da modalidade precisamos de jogar noutros clubes para alcançar estabilidade financeira”, justifica.

Representando vários clubes ao longo da temporada, há que definir prioridades para não haver conflitos de agenda. Nesse sentido, Léo assume que “a prioridade é sempre o Braga” e, quando há espaço no calendário, “tenta-se encaixar outras equipas e competições”.


Sonho dos Jogos Olímpicos na mira dos irmãos Martins

Longe vão os tempos em que antigos jogadores profissionais de futebol de 11 iam desaguar ao futebol de praia. Bê explica que a modalidade, “cada vez mais valorizada”, está tão “intensa” que essa possibilidade deixa praticamente de existir.

Nos areais europeus, confidencia Léo, já se fala do cenário de a UEFA tomar conta da modalidade – a FIFA organiza campeonatos do mundo desde 2005 –, algo fundamental para “dar um up” no seu desenvolvimento. Além disso, não esconde o sonho de um dia ver o futebol de praia nos Jogos Olímpicos. 


“Acredito que seja um sonho para muitas modalidades, que precisam desse algo a mais para que tenham a ascensão necessária, tornando-se profissional e captando mais investimento”, argumenta.

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Tiago Barquinha
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Carolina Damas
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