Investigadora da UMinho entre as vencedoras do Prémio Maria de Sousa

Carina Cunha foi uma das cinco vencedoras do Prémio Maria de Sousa 2022. O galardão, instituído em homenagem à imunologista Maria de Sousa, que morreu com covid-19 em 2020, aos 80 anos, é promovido pela Ordem dos Médicos e pela Fundação Bial.
No seu trabalho, a cientista do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde da Universidade do Minho propõe-se a identificar os genes e a função dos neurónios (células) do cérebro envolvidos na capacidade de as pessoas “associarem pistas existentes no ambiente à sua volta, como sons, cheiros ou imagens, a recompensas, como comida ou água, ou a perigos”.
A investigação, que também lhe valeu a Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, vai “permitir compreender melhor o funcionamento do cérebro e usar estes marcadores genéticos ou funcionais para, no futuro, os explorar em terapias genéticas direcionadas para doenças psiquiátricas com alterações do circuito de recompensa do cérebro”.
Sandra Tavares (Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto – i3S), Ana Melo (Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento), Ana Rita Queiroz da Cruz (Fundação Champalimaud) e Daniela Rodrigues (Centro de Investigação em Antropologia e Saúde da Universidade de Coimbra) são as outras galardoadas.
Os vencedores da segunda edição do Prémio Maria de Sousa voltaram a ser selecionados por um júri presidido pelo neurocientista Rui Costa. A iniciativa, financiada pela Fundação Bial (ligada à farmacêutica Bial), destina-se a cientistas portugueses até aos 35 anos, com projetos de investigação na área das ciências da saúde e inclui um estágio num centro de investigação internacional considerado de excelência, além de um prémio monetário de 30 mil euros.
