Secretária de Estado diz que “combate ao tráfico de seres humanos exige cooperação entre Estados”

‘Não deixes que o teu sonho se transforme em pesadelo’, é o nome da campanha lançada esta terça-feira contra o tráfico humano no futebol. No âmbito do Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, realizou-se, no Teatro Jordão, em Guimarães, um webinar que contou com a presença da secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, e de representantes da Federação Portuguesa de Futebol, do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Palmeiras e da Organização Não-Governamental Saúde em Português, entre outros.


Duranta a sua intervenção, Isabel Almeida Rodrigues salientou a necessidade de reforçar as políticas de prevenção e a cooperação entre os Estados, “porque estamos a falar de um fenómeno que não conhece fronteiras e que só com uma intervenção muito coordenada poderá ser eficaz no seu combate”. “Nenhum país se deverá considerar livre desta terrível realidade e aquilo que se exige do Estado é que seja capaz de adequar a sua resposta política, mas também económica e social, áquilo que é por si só um grande desafio”, referiu.

A governante frisa que o Brasil, a Argentina e a Colômbia são os países de onde provêm mais futebolistas vítimas de tráfico humano em Portugal e salienta a importância de toda a comunidade estar “atenta”.


“Recordo uma situação do mês passado em que um cidadão junto a uma zona portuária, em Portugal, percebeu que havia uma situação de grande fragilidade numa das embarcações onde foi encontrado um jovem com fortes indícios de ter sido vítima de tráfico humano”, refere. “Se esta pessoa não tivesse tido um olhar crítico, provavelmente este jovem ainda hoje estaria na embarcação a passar todas as provações com que foi encontrado”, sublinha.

Isabel Almeida Rodrigues considera que a concretização dos direitos humanos é um processo sempre inacabado e que todos devemos assumir um firme compromisso perante esta situação. “No caso do tráfico humano, não estamos a falar de ir mais além no caminho do pleno usufruto dos direitos humanos, estamos a falar de garantir às pessoas a sua dignidade e os mais básicos dos direitos”, aponta. “Não podemos continuar a aceitar aquelas perspetivas que se acomodam com fenómenos como estes porque no fundo consideram que há pessoas que são mais que outras, isso não existe, somos todos pessoas, todos iguais, em dignidade e direitos”, salienta.

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Catarina Martins
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