Rodellus alia música alternativa e emergente à tradição e ruralidade
Dez bandas, dois DJ sets e um total de 15 horas de música. A sétima edição do Rodellus decorre sexta-feira e sábado em Ruílhe, com uma componente de sensibilização ambiental. As portas abrem às 19h30 e os concertos arrancam às 21h.
Os espanhóis Za! e os italianos Alpaca, que atuam no segundo dia, são os nomes internacionais do cartaz. Lana Gasparotti, Cobrafuma, Venga Venga e DJ Cativo atuam na mesma noite. No primeiro sobem ao palco Los Chapos, Madmess, El Señor, As Docinhas, Conferência Inferno e DJ Lynce.
Além disso, vai esta patente a instalação artística ‘Orpheus’, da autoria do coletivo Mayu. Consiste numa série de estímulos captados nas folhas das plantas que são transformados em som.
Na apresentação do evento, esta quinta-feira, o diretor artístico João Araújo falou de “uma programação diferenciada, com artistas emergentes e alternativos”. “Além de boa música, também tem as suas causas sociais e manifestam algum ativismo e isso acaba por ser importante de incluir”, acrescenta.
Consciencialização ambiental presente no Rodellus
O festival realiza-se em meio rural, junto ao Rio Este. Para Hernâni Silva, presidente da Rodellus – Associação Cultural, são “dois dias de festa, de romaria”, às quais se junta a aposta em produtos locais e casas de banho ecológicas.
Duas semanas antes do festival, em parceria com a organização, a AMO – Associação Mãos à Obra recolheu cerca de 1.500 quilos de resíduos nas margens e leito do rio, em Ruílhe. A pensar na próxima ação, que deve acontecer na Semana do Clima, no final de setembro, Raquel Sousa, coordenadora do projeto em Braga, enaltece a relevância do evento musical no sentido de “angariar voluntários” e de “consciencializar as pessoas”.
O “conceito misturado” do Rodellus é, para o vereador do Ambiente, um traço distintivo do festival. Altino Bessa destaca, por um lado, “a ruralidade, a natureza e a ecologia” e, ao mesmo tempo, o facto de “dar palco a artistas alternativos, que, muitas vezes, não têm outros sítios onde se mostrar”.
Na mesma linha de pensamento, Luís Silva, presidente da Assembleia de Freguesia de Ruílhe, enaltece a “importância do associativismo”, lembrando que a Rodellus – Associação Cultural é “a única ativa” naquele território.
