UMinho acolhe duas conferências com foco na educação inclusiva e digitalização

Durante três dias, cerca de 800 docentes, investigadores, estudantes e representantes de países dos quatro cantos do mundo vão contribuir, na Universidade do Minho, para o futuro da educação. Mais inclusão e digitalização, são os desafios em cima da mesa, visto que os modelos de emergência criados durante a pandemia de covid-19 têm agora de ser substituídos por opções mais rigorosas, científicas e completas. 

Na terceira edição presencial do Congresso Luso-Brasileiro de Educação Inclusiva, pela primeira vez em Portugal, organizado pela UMinho em colaboração com a Pró-Inclusão – Associação Nacional de Docentes de Educação Especial de Portugal e a Universidade Federal de Pelotas do Brasil, que termina esta sexta-feira, serão unidos esforços para que o conhecimento e troca de experiências atravesse fronteiras.

O Ministro da Educação, João Costa, foi o responsável pela conferência inaugural, esta quarta-feira, onde fez um balanço do trabalho do Governo de António Costa na área da educação, nomeadamente, a revisão do currículo escolar, de modo a dar maior ênfase à inclusão de todos os alunos e não só aos com necessidades especiais. Alterações que são vistas como exemplares para profissionais de Angola, Brasil, Espanha e Moçambique.


“Portugal é neste momento um país referência na educação inclusiva. É um caminho de várias décadas. As escolas portuguesas convergem para responder às necessidades específicas de cada aluno e estão menos preocupadas com o lugar que ocupam nos rankings. Ter uma escola inclusiva é ter uma escola que consegue levar mais longe os alunos independentemente do seu ponto de partida”, frisa. 

Já o reitor da instituição de ensino superior minhota, Rui Vieira de Castro, destacou a qualidade do trabalho feito na academia por um pequeno grupo de investigadores que consegue ter um grande impacto a nível nacional e internacional. 

Além da educação inclusiva serão debatidos, segundo Ana Pereira, coordenadora do CONLUBRA 2022, temas como a intervenção precoce na infância e o autismo. A responsável realça o interesse das universidades brasileiras no modelo português de educação inclusiva, sendo este o local para dinamizar “momentos de rede e pesquisa” que serão, posteriormente, implementados do outro lado do Atlântico.




Transformação Digital na Educação” reúne 600 participantes entre o digital e o presencial na UMinho. 


Termina esta quinta-feira, 14 de julho, o seminário híbrido “Transformação Digital na Educação” organizado pela OEI – Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura, que representa 23 países, e pela UMinho, em articulação com o Ministério da Educação de Portugal, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).

Conscientes que as novas tecnologias, muito utilizadas durante a pandemia criaram uma maior exclusão social, durante o evento e com especial atenção na próxima semana numa reunião que irá juntar nove países, serão debatidos e elaborada uma proposta de modelo de digitalização.

Em declarações à RUM, o secretário-geral da OEI, Mariano Jabonero, destacou a qualidade da educação portuguesa e a colaboração regular da OEI com a UMinho na construção deste dossiê que terá grande impacto nos 23 países que compõem a organização e que em conjunto formam a “maior comunidade bilingue do mundo”.

Já o Ministro da Educação, João Costa, defendeu o desenvolvimento das competências digitais nas escolas para combater, precisamente, a exclusão. “Compete à escola enquanto fator de mobilidade social dar competências digitais a todos. Temos uma avalanche de informação, mas isso não significa obrigatoriamente conhecimento. Mais do que nunca temos de trabalhar as competências de literacia digital e dos média”, realça.

O envelhecimento dos docentes foi outro dos problemas apontados à digitalização e desenvolvimento de um modelo híbrido apelativo para os mais novos. O Ministro adianta que já conseguiram formar 55 mil docentes no programa de capacitação para o digital que prevê o diagnóstico das suas competências e posteriormente ajuda no planeamento em sala de aula com recurso aos meios digitais.

A sessão de abertura também contou, na quarta-feira, com a presença da vereadora da Educação do Município de Braga, Carla Sepúlveda, do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro e do secretário executivo da CPLP, Zacarias da Costa (por vídeo).

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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