Teatro Jordão e Garagem Avenida à disposição até 2046

Até 2046, a Universidade do Minho e a Sociedade Musical de Guimarães vão usufruir das instalações do Teatro Jordão e Garagem Avenida a título gratuito. A assinatura do contrato de comodato foi concretizada esta terça-feira, numa cerimónia que teve lugar na sala de atos do Teatro Jordão.
Um contrato comodato é uma forma legal de fazer um empréstimo de uma coisa/imóvel a outra pessoa/entidade e garantir que essa seja restituída em boas condições.
Segundo o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, a instituição ficará responsável pela manutenção, conservação e melhoria das condições de trabalho no edifício, sendo que a autarquia ficará responsável pelo serviço de vigilância.
“Satisfação, alegria e reconhecimento” foram as palavras utilizadas pelo responsável máximo da academia minhota para descrever o compromisso do Município de Guimarães com a Universidade do Minho. Para o reitor, a relação entre a academia e a autarquia vimaranense é “única em Portugal” e rara no resto do mundo. Neste momento, os cursos de teatro e artes visuais têm “condições de grande qualidade para o desenvolvimento de projetos”. Rui Vieira de Castro reconhece que esta é uma obra “nunca terminada”, visto que são necessários desenvolvimentos, porém a “base é única no país”.
Durante a sessão, o presidente do Município de Guimarães frisou que o trabalho não fica por aqui. Em breve, a autarquia irá ligar a zona de Couros, Teatro Jordão, Caldeiroa e percursos pedonais adjacentes até à Casa da Memória e Centro Internacional das Artes José de Guimarães para formar o Bairro C, uma rua focada na criação e desenvolvimento de cultura, ciência, história e cidadania. Domingos Bragança adianta também que em breve deverão surgir novos projetos neste espaço com recurso a fundos europeus, sem, contudo, revelar se estão previstas novas infraestruturas.
O edil que tem afirmado Guimarães como uma cidade universitária acrescentou apenas que este conceito “não se faz apenas de edifícios”, mas sim de uma comunidade que no dia-a-dia “respira a procura incessante de conhecimento”.
Vítor Matos, presidente da Sociedade Musical de Guimarães, começou por elogiar a “política de vanguarda cultural” que tem sido implementada por este executivo, no entanto, alertou para algumas possíveis dificuldades de cariz financeiro que o conservatório poderá vir a sentir no futuro devido ao aumento dos custos para manutenção do espaço.
