CCVF assinala Dia Mundial da Dança em dose dupla com espetáculo inclusivo
O Centro Cultural Vila Flor vai assinalar o Dia Mundial da Dança, comemorado a 29 de abril, com dupla apresentação do espetáculo “Endless”. O projeto da companhia “Dançando com a Diferença”, que está sediado na ilha da Madeira tenta mostrar a sua forma de trabalhar fora de portas. Neste caso no âmbito do “+ Inclusão / Fora de Portas”, numa parceria com A Oficina, o espetáculo vai juntar em cena pessoas com e sem deficiência.
“Endless” é um trabalho que nasceu em território insular em 2012 e que tem como inspiração o holocausto e a II Guerra Mundial. Dez anos depois da sua criação, sobe ao palco do Grande Auditório Francisca Abreu numa época também ela marcada pelo conflito nas portas da Europa com a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A RUM conversou com o criador do trabalho, Henrique Amoedo, que adiantou que para além da dança o espetáculo vai contar com uma forte componente de vídeo, ao cargo de Filipe Ferraz, e música ao vivo, por João Guimarães. O espetáculo será acompanhado também por audiodescrição dirigido às pessoas com deficiência visual.
“Endless”, nas palavras do seu criador, é um espetáculo “forte porque trata um tema que não é fácil de gerir com imagens duras que por vezes são banalizadas nos media”, mas “inclusivo” pois acaba por consciencializar o espetador sobre a realidade da guerra e da necessidade de incluir. O artista espera que, de alguma forma, a arte ajude a “construir uma Europa melhor”.
O espetáculo conta com a participação de membros da Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães, do Lar Residencial Alecrim, do Centro Social de Brito, da CERCIGUI, da EB2,3 de Abação e dos agrupamentos de escolas João de Meira e Francisco de Holanda. Foram também abertas inscrições para o público em geral participar no trabalho.
Para Henrique Amoedo trabalhar com estas pessoas, principalmente com necessidades especiais, é uma descoberta constante.
“Endless” é apresentado esta sexta-feira, Dia Mundial da Dança, às 15h00, e no sábado às 19h00, sempre no Grande Auditório Francisca Abreu no CCVF. O bilhete custa dois euros.
