“Não se é democrata apenas em determinadas latitudes”

O discurso de ódio presente nas redes sociais também foi um dos assuntos abordados pelo presidente da Assembleia Municipal.

O presidente da Assembleia Municipal de Guimarães critica a relativização da democracia. José João Torrinha foi o anfitrião da sessão solene evocativa do Dia da Liberdade, no concelho vimaranense, que decorreu esta segunda-feira no Teatro Jordão.

Durante o discurso, o representante máximo dos cidadãos de Guimarães referiu que “a democracia não admite conjunções adversativas ou condicionais como «mas» ou «se»”. “A defesa da democracia não é só para quando nos dá jeito, ou se é democrata ou não se é. Não se é democrata às segundas, quartas e sextas e não se é democrata apenas em determinadas latitudes”, defende, numa alusão à guerra na Ucrânia, tema que conduziu grande parte das intervenções dos representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal.

Da mesma forma, alerta José João Torrinha, “não há ditaduras boas ou más nem de direita nem de esquerda”. Nesse sentido, considera que, se “se ceder aos relativismos, acabam por se replicar os discursos dos saudosistas do 24 de abril: «O regime tinhas as suas coisas más, mas, pelo menos, havia respeito»”.

A proliferação do ódio, através das palavras, também mereceu a atenção do presidente da Assembleia Municipal, evidenciando “uma preocupante subida de decibéis no discurso político”, em resultado da “emergência das redes sociais”. “É um subir de tom em que já não se fala, grita-se, em que não se argumenta, insulta-se, em que não se discute, agride-se. Basta fazer uma viagem pelo Facebook ou pelo Twitter”, sugere.

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Tiago Barquinha
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