Theatro Circo e Gnration garantem total de 1,4ME para os próximos 4 anos

O Theatro Circo e o Gnration garantiram um total de 1,4 milhões de euros de financiamento nos próximos quatro anos pela DGARTES – Direção-Geral das Artes. As duas salas bracarenses fazem parte do leque de 38 equipamentos nacionais que integram a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses. Os resultados do Concurso de Apoio à Programação da Rede foram conhecidos esta segunda-feira ao final do dia.
O Theatro Circo irá receber 200 mil euros, a verba máxima atribuída, ao longo dos próximos quatro anos o que irá resultar num total de 800 mil euros. Já o Gnration consegue 150 mil euros anuais, ou seja, 600 mil o que perfaz um total de 1,4 milhões de euros para a programação cultural dos equipamentos bracarenses.
Aos microfones da RUM, o presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, garante que estas verbas vão dar um “cunho de estabilidade muito interessante para a programação”.
O primeiro Concurso de Apoio à Programação da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses recebeu 61 candidaturas, destas foram excluídas quatro em fase de verificação, pelo que a comissão apreciou um total de 57 candidaturas. O também vereador com o pelouro da cultura acredita que este reconhecimento vem dar força à candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura em 2027. Além disso, o autarca acredita que este resultado é ainda um reflexo do investimento feito para capacitar as infraestruturas culturais da cidade dos arcebispos.
De modo a aumentar o número de entidades apoiadas e de territórios abrangidos, está previsto um novo concurso já em 2023. O edil adianta à RUM que “neste momento ainda não existe uma outra valência que possa preencher os requisitos”, sublinhando que este foi um processo “bastante exigente” para a equipa do Theatro Circo que foi a responsável pela coordenação das duas candidaturas. No futuro, para lá de 2023, o autarca acredita que será possível submeter a este concurso o Media Arts Centre que irá nascer no antigo cinema S. Geraldo.
Na região do Cávado e Ave também viram aprovadas as suas candidaturas a Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão (200 mil euros), o Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães (200 mil euros), o Theatro Gil Vicente, em Barcelos (150 mil), e o Teatro-Cinema de Fafe.
As entidades que concorreram foram avaliadas tendo em conta a apresentação de um plano de programação dedicado às artes performativas (circo, dança, música, ópera e teatro), podendo ainda incluir outras áreas, como o cruzamento disciplinar, artes visuais, cinema, residências e ações de mediação e de formação. A apresentação de, pelo menos, 15% de obras que tenham recebido apoio da DGARTES, no domínio da criação, e a realização de, no mínimo, 10% de coproduções originais, foram outros dos critérios considerados na análise das candidaturas.
