Braga volta a viver Semana Santa na rua com procissões, concertos e exposições

Dois anos depois, Braga prepara-se para viver a Semana Santa, com as seis procissões a saírem à rua, a Sé a ser palco de alguns dos concertos e as exposições a enfeitarem as paredes dos espaços culturais da cidade. Apesar de ainda serem necessárias cautelas quanto à pandemia, e da festividade estar a ser preparada tendo em conta a segurança de todos, a programação religiosa e cultural volta ao que era. Os bracarenses e milhares de visitantes que por essa altura escolhem Braga como destino poderão assistir ao vivo aos inúmeros eventos, que marcam o período da Páscoa na região. 

O programa foi apresentado esta terça-feira na Sé de Braga e dele fazem parte três concertos e sete exposições promovidos pela Comissão da Semana Santa, de onde sobressai a programação religiosa, com as procissões, autênticas recriações do cerimonioso público cristão. Além disso, volta a decorrer um conjunto de cerimónias de natureza litúrgica. 


Em 2019, a Junta e a Paróquia de S.Victor preparavam-se para se estrear na organização da Procissão da Burrinha, algo que acabou por não acontecer, devido às condições atmosféricas. Por isso, este ano, “à uma vontade acrescida por ver a procissão na rua”, revelou o autarca Ricardo Silva. Embora, na generalidade dos eventos, o número de figurantes se mantenha, na Procissão da Burrinha poderão ser necessários ajustes em alguns quadros. 


Entre as exposições destaque para “Rua do Anjo” de Alfredo Cunha, promovida pela Câmara de Braga, que estará patente de 1 de abril a 31 de maio, na Casa dos Crivos e para “As Procissões em Braga”, da autoria de Maria Augusta Sousa, que estará no Palácio do Raio, de 8 de abril a 7 de maio, uma iniciativa da Santa Casa da Misericórdia. A Irmandade de Santa Cruz promove, por exemplo, o concerto Brandeburguês nº3 em Sol maior de J. S. Bach, no dia 11 de abril, às 21h30, na Igreja de Santa Cruz. Já a Sé de Braga acolherá o concerto do Conservatório de Música de Braga, a 2 de abril e o da Orquestra do Norte, no dia 12.

Conheça toda a programação aqui.

“O objetivo é que o tempo de permanência seja mais longo e que seja um tipo de turista com gasto mais elevado”

Marco Sousa, do Turismo Porto e Norte de Portugal, realça a “qualificação” que este evento tem conseguido alcançar em Braga e assume que agora o objetivo passa por apostar “na internacionalização” da Semana Santa de Braga, um evento consolidade no mercado nacional e espanhol, mas que tem capacidade para “dar o salto”. 

A Associação Empresarial de Braga acredita que 2022 será um ano de retoma, com as dormidas a atingir números idênticos aos de 2019. Marco Sousa relembra que, na Semana da Páscoa, “entre domingo e quarta-feira, Braga tem taxas de ocupação na ordem dos 70%”. “A partir daí sobe para 90 ou 100, ou seja, a capacidade hoteleira fica esgotada. A expectativa é que esses números sejam atingidos este ano, mas o objetivo é que o tempo de permanência seja mais longo e que seja um tipo de turista com gasto mais elevado”, apontou. 

Em 2019, contabilizaram-se “um milhão de pessoas em algumas das celebrações, por dia”. Um ano antes, a Semana Santa teve um impacto económico direto de 11 milhões de euros no concelho, de acordo com um estudo elaborado pela Comissão e pela UMinho. 

O presidente da Câmara admite que a chegada de muitos turistas à cidade, nesta altura do ano, “tem um impacto muito significativo, sobretudo, na restauração”. “Admito que possamos não chegar aos números de 2019, porque há alguns estados que estão ainda limitados no que toca à liberdade de circulação, mas acredito que ficaremos muito próximos”, finalizou.

Segundo o cónego Avelino Amorim não há receio por parte das pessoas, que têm manifestado muito interesse pelas atividades que estão a ser preparadas. 

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Liliana Oliveira
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