“BRT terá que ter um preço compatível com o resto da rede de transportes”

Com chegada a Braga prevista em 2025, o Bus Rapid Transit (BRT) “vai permitir dar um salto enorme em termos de mobilidade e promover a regeneração urbana da zona onde vai passar”. A afirmação é de Teotónio dos Santos, administrador executivo dos TUB, empresa municipal que vai ficar responsável pelo novo meio de transporte.
O responsável aponta-o como “um transporte inovador, com validação no exterior, que funciona em via própria e, por isso, a velocidade é muito maior”. Depois de entregues os estudos preliminares ao Governo, de quem veio a garantia de apoio na ordem dos 100 milhões de euros para a implementação das primeiras linhas, os TUB estão a desenvolver “um estudo de procura alargado”, para auxiliar na definição da rede.
“O título de transporte será único, ou seja, vai permitir viajar nos transporets e no BRT. A tendência do valor é descer para promover cada vez mais o uso do transporte público. O BRT terá que ter um preço compatível com o resto da rede de transportes”, adiantou Teotónio dos Santos.
“É preciso preparar a rede e evitar que haja duplicação de linhas e concorrência interna”, afirmou Teotónio dos Santos. Com as linhas ainda em estudo, o administrador admite que a primeira possa ligar a estação de comboios, ao hospital e à Universidade do Minho, mas não descarta outras possibilidades como a central de camionagem, a zona do Minho Center e o centro da cidade. “As linhas têm de ser bem desenhadas logo à partida, porque não há grande margem para correçãoo”, alertou.
As caracterísiticas da cidade dos arcebispos pode ser uma dificuldade, porque falamos de “uma cidade bimilenar, com um centro histórico delicado, e a inserção urbana é fundamental, para compatibilizar a história da cidade e a modernidade que se quer implementar”.
Ser o MetroBus a ligar os concelhos do quadrilátero urbano (Braga, Vila Nova de Famalicão, Guimarães e Barcelos) “exige muito estudo” e, por isso, “avançar rapidamente não será fácil”.
