CDU. Defende regionalização e anulação da portagem na A28
Torcato Ribeiro, cabeça de lista por Braga, em entrevista à RUM. Salário mínimo, habitação e mobilidade foram outros dos temas em destaque.
Uma nova lei de arrendamento urbano e a anulação das portagens na A28 são algumas das propostas apresentadas pela CDU. A Coligação Democrática Unitária quer “Devolver a voz à região”, visto que nas últimas legislativas o partido perdeu o mandato por Braga.
Em entrevista à RUM, que já pode ser ouvida na integra aqui, Torcato Ribeiro recorda que o partido há vários anos defende uma ligação ferroviária entre Braga e Guimarães, mas também entre Barcelos e a cidade dos arcebispos. Trata-se de uma solução que, no entender dos comunistas, irá beneficiar o quadrilátero caso o projeto de alta velocidade entre Porto – Braga e Vigo seja mesmo para avançar.
A habitação é outro dos temas caros da CDU, Portugal tem uma baixa percentagem de habitação pública em relação a outros países. Ora, uma das meta do partido passa por alterar a lei de arrendamento urbano, apelidada de Cristas, que veio “desequilibrar” o mercado a favor do senhorio. Esta nova lei deverá ser capaz de “salvaguardar os dois interesses” com particular atenção ao inquilino que é a “parte mais frágil do processo”.
No que toca ao salário mínimo nacional, a CDU propõe o aumento para os 850 euros já este ano. Na opinião de Torcato Ribeiro os recursos humanos não são o maior encargo das empresas. A CDU defende, por isso, a redução para 6% do IVA da eletricidade, anulação das portagens na A28 e diminuição do valor pago na portagem Braga -Guimarães. “Era preferível que o Governo aliviasse a carga fiscal em vez de andar a anunciar que poderá eventualmente subsidiar salário”, declara.
Na cultura, a CDU pede um urgente plano para a preservação do património material com prioridade para espaços e edifícios que refletem a história do trabalho e da luta da região, onde está inserida a Fábrica Confiança. Recorde-se que a antiga saboaria está associada a uma residência universitária da Universidade do Minho. Questionado sobre esta problemática, o candidato concorda que seja este o fim do imóvel acrescentando que esta também é uma forma de preservar o equipamento.
Torcato Ribeiro apresenta-se como defensor da regionalização. Para o comunista este será um importante motor para diminuir as assimetrias entre o litoral e o interior. Além disso, frisa que com a criação de “mini governos” haverá um “maior escrutínio, proximidade e conhecimento das necessidades”.
