AAUMinho garante que, no total, grupos culturais vão ter “mais espaço” na nova sede

O presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) assegura que a nova sede vai permitir “melhores condições” aos grupos culturais. É a reação de Duarte Lopes depois das críticas do Plenário de Grupos Culturais da UMinho (PGCUM), reforçadas esta semana pela Associação Recreativa e Cultural (ARCUM).
Na carta, tornada pública este mês, o PGCUM aponta para um descrésimo de 49% a 60% da dimensão das respetivas salas na nova sede da associação, que vai nascer no interior do Campus de Gualtar. Em entrevista à RUM, o líder da AAUMinho esclarece que, atualmente, cada grupo tem um espaço que “serve para tudo, entre ensaios, reuniões e armazenamento”.
Já o modelo sugerido pressupõe a manutenção de uma sala própria, admitindo que, “em alguns casos, será ligeiramente mais pequena do que acontece agora”. No total haverá 11 salas, com dimensões que variam entre os 18 e os 39 metros quadrados. A exceção é a da ARCUM, 93 metros, porque alberga mais do que um grupo.
No entanto, Duarte Lopes alerta que haverá cinco espaços partilhados adicionais – três salas de ensaio (entre 40 e 55 metros), um auditório (70 metros) e o último piso do bar académico (150 metros) – com “condições muito melhores”, nomeadamente ao nível da insonorização.
Além disso, cada grupo terá um espaço na universidade para armazenar o material, ao mesmo tempo que a academia minhota vai disponibilizar três auditórios nos complexos pedagógicos. “A novidade é a tridivisão do espaço dos grupos (sede, sala de ensaio e armazém). O somatório destes espaços é maior que as salas que os grupos têm agora”, assegura.
Duarte Lopes mantém inclusão da OPUM Dei na nova sede
Na carta do PGCUM foi também criticada a atribuição de um espaço a um grupo que não integra o plenário e que “não está constituído legalmente como associação”. Em resposta, Duarte Lopes revela que se trata da OPUM Dei, mostrando-se contra as questões levantadas. Apesar de não fazer parte do PGCUM, o presidente da AAUMinho refere que é “tratada como um grupo cultural em todas as atividades”.
Argumenta inclusivamente que, em comparação com outros, tem “uma maior participação”, destacando a sua importância em eventos como as Serenatas ou a Récita. “A associação sempre deu as mesmas condições e os outros grupos nunca puseram isso em causa”, lembra, enaltecendo que, mesmo não tendo espaço próprio na atual sede da AAUMinho, ensaia nesse local.
Duarte Lopes admite que o projeto, onde estão incluídos os espaços para os grupos culturais, pode não ter sido transmitido e/ou percebido da forma mais precisa. O presidente da associação lamenta, no entanto, a atitude tomada pelo plenário dos grupos. “Não subscrevo um modelo em que se lançam coisas para a praça pública na esperança de que se vai resolver e, por vezes, criticando de forma injusta e denegrindo instituições”.
O líder da AAUMinho considera que o mais sensato é “sentar à mesa” e “trabalhar o modelo”. Nesse sentido, iniciou um novo périplo de reuniões com os grupos culturais no sentido de prestar novos esclarecimentos e de fechar o projeto. Segue-se a especialização em sede de arquitetura e engenharia.
