Preços da energia e combustíveis retiram competitividade às empresas portuguesas

Ricardo Costa, presidente da Associação Empresarial do Minho, comenta, aos microfones da RUM, os dados divulgados, esta terça-feira, pelo Banco de Portugal.

44,5% das empresas portuguesas apresentaram resultados negativos em 2020, segundo dados revelados pelo Banco de Portugal, esta terça-feira, 25 de janeiro. O número de empresas em potencial situação de risco aumentou em todas as regiões do país.

Para o presidente da Associação Empresarial do Minho (AEMinho), Ricardo Costa, estes dados “não surpreendem”, uma vez que 2020 foi o ano em que a pandemia de covid-19 mais afetou as empresas. 

Numa análise cuidada aos resultados, o responsável sublinha que nem tudo foi negativo, na medida em que o Banco de Portugal revela que muitas organizações registaram um aumento dos capitais próprios.

No Norte do país a redução da rentabilidade foi menos acentuada, algo que é explicado pelo facto desta zona estar menos dependente do setor do turismo, como acontece com as Regiões Autónomas e o Algarve. “Nós aqui temos um setor industrial muito forte que a pandemia não afetou tanto”, avança.

Atualmente, as empresas minhotas batem-se com novas problemáticas, nomeadamente, o aumento dos preços da eletricidade e combustíveis. Ricardo Costa alerta para o facto de algumas das 130 empresas representadas pela AEMinho terem visto a conta da luz aumentar em seis vezes.

Todos estes fatores, de acordo com o presidente da AEMinho, contribuem para uma menor competitividade das empresas portuguesas no mercado externo. Falta de materiais e mão de obra são outras das problemáticas que os empresários têm vindo a enfrentar.

No último ano a AEMinho passou de 75 associados para 130.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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