Legislativas. Sem “vencedor antecipado”, isolamento pode ganhar “maior relevância”

Num cenário de equilíbrio, o número de pessoas confinadas e impedidas de votar é um fator a ter em conta, de acordo com José Palmeira.

O politólogo José Palmeira considera que o isolamento profilático pode ter um papel decisivo no resultado das legislativas de 30 de janeiro. Em causa está o número crescente de casos de Covid-19.

Por um lado, com base nas sondagens, o docente da Universidade do Minho antevê eleições “bastante disputadas”, nomeadamente entre PS e PSD. Por outro, a inscrição no voto antecipado para pessoas em confinamento obrigatório decorre entre os dias 20 e 23. 


Assim sendo, os cidadãos que entrarem em isolamento no período de 24 e 29 e que não tiverem votado em mobilidade vão ficar impedidos de exercer esse direito. “Os eleitores poderão ser afetados, até porque se prevê que o pico da pandemia aconteça na semana que antecede as eleições”, argumenta.


Por norma, esse impacto é “residual” quando há “um vencedor antecipado”, o que “não é o caso”, de acordo com o professor de Ciência Política. 


“Uma pequena variação pode ter implicações ao nível do vencedor. É um caso que ganhará maior relevância caso a disputa eleitoral seja renhida e haja um número significativo de eleitores que não possa exercer o seu direito de voto”, acrescenta.

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Tiago Barquinha
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