CLICTOUR. Projeto que quer encontrar soluções sustentáveis para o turismo

Rita Sousa, coordenadora do projeto e investigadora do NIPE, quer ajudar o turismo a ser mais resiliente às alterações climáticas, em especial, nas áreas protegidas do Norte de Portugal.

O projeto “CLICTOUR – Turismo resiliente às alterações climáticas em áreas protegidas do Norte de Portugal”, vai desenvolver um roteiro que visa criar estratégias de desenvolvimento do turismo de natureza de uma forma mais sustentável.

Este é um estudo que conta com meio milhão de euros de financiamento no âmbito do Horizonte Europa.

O projeto do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas e Empresariais (NIPE) da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho e do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade do Instituto de Ciências Sociais, em parceria com o ICNF, tem como áreas de estudo o Parque Nacional da Peneda-Gerês, Alvão e Litoral Norte.

O CLICTOUR articula duas linhas de investigação, uma centrada no desenvolvimento socioeconómico do turismo e para o turismo, sob os efeitos das alterações climáticas, e a outra mais física e ligada ao espaço geográfico natural.

Em declarações ao UMinho I&D, Rita Sousa, coordenadora da investigação, explica que a equipa multidisciplinar vai trabalhar, até 2030, em três modelos que serão a chave do roteiro final. Estes dossiês irão elencar boas práticas para um turismo mais sustentável.

Nesta primeira fase do projeto, a equipa está a criar uma “matriz de contabilidade social” em que são quantificados, a título de exemplo, o valor das árvores. Segue-se o modelo de risco que irá reportar os impactos das alterações climáticas. Este trabalho deverá estar finalizado já no próximo ano.

Por último, irá surgir o modelo económico das atividades e o coeficiente de impacto que dará origem ao roteiro. Este documento irá descrever “o crescente impacto das alterações climáticas e soluções que podem ser implementadas ao longo do tempo”.

Até 2050, é previsível que a costa portuguesa venha a registar mais inundações, o nível médio das águas do mar venha a aumentar, assim como os picos de frio e calor, incêndios, entre outros.

No dia 24 de novembro, no Parque Natural do Alvão, o projeto vai dinamizar um terceiro workshop que visa recolher informação sobre os impactos das alterações climáticas. A responsável refere que esta é uma forma de, no terreno, fazer um inventário do que está em vias de extinção. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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