“Uma linha de crédito não é a solução do problema”

“Uma linha de crédito não é a solução do problema”. É desta forma que o presidente da Associação Comercial de Braga (ACB), Rui Marques, reage ao apoio anunciado, esta quinta-feira, depois do Conselho de Ministros, por Pedro Siza Vieira. O ministro da Economia anunciou a criação de uma linha de crédito a micro e pequenas empresas que estará operacional dentro de 15 dias. A linha deverá ter um valor de até 750 milhões de euros e as condições de crédito dependerão da dimensão da empresa e do número de trabalhadorea que tenham a cargo. A ideia é que possam ser atribuídos 3.000 euros por cada posto trabalho, com um limite de 25 mil euros para micro empresas e de 75 mil euros para PME. Quando ao custo a suportar pelas empresas, também ainda não está fechado, mas deverá corresponder à “euribor mais 1,5%”.
“As empresas já se encontram sobreendividadas, neste setor. O que pode ajudar a atenuar o problema é a atribuição de subsídios a fundo perdido”, referiu Rui Marques.
O verão, relembra, “é o período por excelência do setor”. Neste momento, Braga está com “quebras significativas face a 2020 e com um terço da ocupação comparativamente a 2019”. O diretor da Associação Comercial de Braga apela ainda ao Governo que introduza “um mecanismo de apoio adicional que ajude este setor em particular”, nomeadamente “uma nova fase do Programa Apoiar, que, recorde-se, permitia compensar os estabelecimentos de restauração com a atribuição de um subsídio a fundo perdido, em função das quebras de faturação”.
