UMinho deverá submeter candidatura ao PRR em julho

A Universidade do Minho deverá estar em condições de apresentar a candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no final de julho. A garantia foi deixada à RUM pelo reitor da instituição de ensino superior minhota à margem, esta segunda-feira, da entrega das 158 bolsas de excelência.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lançou os programas “Impulso Adultos” e “Impulso Jovens” que visam promover mais oferta de cursos nas áreas das ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática, além de uma maior colaboração entre as academias, empresas e autarquias.
À RUM, Rui Vieira de Castro revela que a academia minhota está a trabalhar na criação de uma “aliança” que irá contribuir, no caso do “Impulso Adultos”, para “aumentar os níveis de qualificação da população, assim como tornar os cidadãos mais resilientes a ameaças que possam ocorrer” devido, por exemplo, a crises económicas ou sociais.
Esta “aliança” irá primar por uma relação muito estreita entre a universidade e um conjunto diversificado de empregadores públicos e privados. O reitor adianta também que estão a ser desenhadas novas ofertas educativas “atraentes” aos cidadãos que interromperam os seus percursos ou deram como concluídos os seus estudos em determinado momento.
Quanto ao “Impulso Jovens”, a UMinho está comprometida em dar resposta ao flagelo dos níveis de insucesso e abandono. O responsável máximo da academia minhota pretende “alterar as metodologias de trabalho pedagógico”, de modo a que estas primem por um acompanhamento mais próximo. Outra das medidas a propor, passa pela formação dos docentes.
Rui Vieira de Castro acrescenta que a UMinho pretende incluir nesta candidatura a requalificação da infraestrutura pedagógica. O reitor explica que este ponto está, não só relacionado com a ambição de adquirir novos equipamentos para as salas de aula e laboratórios, mas também aproveitar esta “janela de oportunidade” para realizar intervenções ao nível do edificado. Este conjunto de intervenções irá, na ótica do reitor, contribuir para “uma maior vinculação à universidade”.
Recorde-se que as instituições com mais de 5 mil alunos só podem apresentar uma candidatura. A dotação total para estes programas é de 252 milhões de euros: 122 para os jovens e 130 para os adultos.
Os programas pretendem aumentar a formação no ensino superior de 50 para 60% no caso dos jovens de 20 anos entre 2020 e 2030. Outra das metas a cumprir é o aumento de 37% para 50% de graduados do ensino superior dos 30 aos 34 anos, entre 2020 e 2030. Em relação aos adultos em formação ao longo da vida, a meta é aumentar em cinco vezes o número dessas pessoas, em articulação com as empresas.
A avaliar as candidaturas estará um painel de peritos coordenado por António Rendas, ex-presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.
