Exploração pecuária coloca população de Fradelos em “prisão domiciliária”

A população de Fradelos, em Vila Nova de Famalicão, diz viver em “prisão domiciliária” devido aos odores resultantes da exploração pecuária da empresa Reis & Silva, Lda. 

Esta segunda-feira, 17 de maio, a deputada do PAN – Pessoas, Animais e Natureza, na Assembleia da República, Bebiana Cunha, esteve em contacto com a população, que desde 2016 tem endereçado diversas queixas sobre o problema à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional que encaminhou as mesmas para o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente e, posteriormente, para a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte. A situação tem vindo a agravar-se desde 2018.

Em declarações à RUM, a deputada que auscultou a população, adianta que muitas vezes estas pessoas não podem abrir as janelas de casa devido aos odores da suinocultura. Segundo a deputada, esta exploração “não está preparada para o número de animais que tem”. Neste momento são 800 as porcas reprodutoras nesta empresa que deu entrada a um pedido de ampliação do número de animais para 1.200.

“Estamos perante uma situação em que se deveria discutir a diminuição do número de animais” e, pelo contrário de acordo com Bebiana Cunha, está em cima da mesa a sua ampliação.

À RUM, a deputada do PAN defende que a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte tem deixado muito a desejar, no que toca à sua atuação ao nível da fiscalização.

O PAN deu entrada, esta segunda-feira, com um pedido de audição conjunto das comissões parlamentares do Ambiente, Agricultura e Saúde.

Segundo a deputada do PAN, alguns residentes da freguesia de Fradelos, em Vila Nova de Famalicão, já decidiram abandonar as casas devido aos maus odores. A deputada acrescenta que o aumento do número de animais, de 800 para 1.200, terá ainda mais efeitos negativos, quer ao nível da saúde pública quer nos efluentes.

Recorde-se que a Declaração de Impacto Ambiental, emitida a 20 de junho de 2018, refere um conjunto de 36 medidas que a empresa deve dar seguimento, mas segundo a deputada, as medidas “deixam muito a desejar”.

O PAN tentou reunir com a empresa em questão, mas sem sucesso.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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