“É um erro grave procurar desvalorizar o papel das Nações Unidas”

O Ministro da Defesa considera um “erro grave a desvalorização das Nações Unidas”. João Gomes Cravinho encerrou, esta quinta-feira, a 42ª edição dos Colóquios de Relações Internacionais da Universidade do Minho, com uma palestra onde fez um balanço da atividade portuguesa nas missões das Nações Unidas, NATO e da União Europeia.
Atualmente, Portugal tem cerca de 90 mil militares em 12 missões das Nações Unidas, por todo o mundo, sendo, a título de exemplo, a principal força de intervenção para a imposição da paz na República Centro-Africana.
O Ministro da Defesa não esconde alguns problemas e limitações, no entanto, no seu entender deve-se procurar identificar mecanismos para mitigar as dificuldades e melhorar o funcionamento das Nações Unidas.
Esta semana, foi assinado um protocolo de cooperação entre os ministros da Defesa de Portugal e Moçambique, com o objetivo de, em conjunto, combaterem o terrorismo em Cabo Delgado. Uma cooperação que resulta das missões de formação da União Europeia e que permitem, segundo o ministro, a atualização das Forças Armadas.
Portugal tem disponíveis 65 milhões de euros para missões internacionais no âmbito das Forças Nacionais Destacadas pela ONU, NATO e União Europeia. Durante este ano, Portugal vai enviar F16 para a Lituânia onde já tem fuzileiros.
João Gomes Cravinho deixou uma nota de pesar pelo falecimento de Nuno Monteiro, licenciado no curso de Relações Internacionais da Universidade do Minho e doutorado pela Universidade de Chicago. Era especializado em Relações Internacionais e Estudos de Segurança, áreas sobre as quais publicou dois livros. Estava a lecionar em Yale desde 2017.
