Guimarães disponibiliza Atlas da Paisagem Cultural do concelho

Cerca de 2 mil elementos materiais e imateriais desde a Pré-História até aos dias de hoje. É esta, para já, a composição da Plataforma Hereditas – Atlas da Paisagem Cultural do concelho de Guimarães, que foi apresentado esta terça-feira, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães.
O trabalho de campo iniciou-se há cerca de dois anos e meio e envolveu um conjunto de especialistas de 15 disciplinas diferentes, cujo resultado está agora visível num portal e que pode ser acedido através do site do município. Arqueologia, Arquitetura, História, Património Imaterial, Património Natural e Vias Antigas são as categorias em que se dividem os itens.
Chegaram a ser recolhidos 5 mil elementos numa primeira fase, mas apenas 2 mil foram considerados como “bens com valor patrimonial”, de acordo com a coordenadora do projeto. Do total de itens identificados, 900 já têm a respetiva ficha preenchida, incluindo com notas históricas, explica Teresa Costa, “num processo que está sempre em aberto”, seja para acrescentar informação ou novos elementos.
O projeto está alojado num portal, sendo que a arquiteta da divisão do Centro Histórico na Câmara Municipal de Guimarães refere que o objetivo passa por dinamizá-lo através de vários interlocutores. “O Hereditas pode ter uma série de aplicações ao nível das escolas. Podemos marcar as áreas de culto para depois ser uma boa fonte de estudo para a população escolar e para académicos”, argumenta.
Presente na sessão de apresentação, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães destacou a “importância enorme” desta iniciativa para o território. “Preservar, cuidar, proteger e usar o nosso património é fundamental para a coesão territorial. Através do conhecimento de todos os bens, materiais e imateriais, de valor cultural, de todas as freguesias de Guimarães, a comunidade pode apropriar-se no uso do seu património e aumentar de uma forma intensa o sentido de pertença de ser vimaranense”, enaltece.
