Stratosphere pode vir a desenvolver satélites

A Stratosphere, empresa criada por dois docentes da Universidade do Minho, está a desenvolver novas tecnologias que vão permitir o desenvolvimento e produção de uma nova geração de pequenos satélites.
O projeto em questão é denominado “Newsat” ao abrigo do MIT Portugal e conta com a colaboração do INESC TEC e do INEGI.
A Stratosphere é uma empresa que prima a sua atividade pelo desenvolvimento de soluções e produtos para a monitorização, diagnóstico e prognóstico de estruturas e sistemas críticos.
A empresa made in UMinho foi, recentemente, responsável pelo desenvolvimento do escudo de proteção da cápsula da missão a Marte, a Perseverance. A oportunidade surgiu através de uma call da Agência Espacial Europeia. Esta cápsula está encarregada de trazer para Terra materiais recolhidos no planeta vermelho que serão, posteriormente, analisados. Esta cápsula conta, na sua composição, com um material com base em cortiça.
Em entrevista ao UMinho I&D, o CEO da empresa e docente do Departamento de Engenharia de Polímeros da academia minhota, Gustavo Dias, faz um balanço dos projetos de investigação em curso, que em termos de investimento rondam os 2 milhões de euros.
De acordo com o investigador do Instituto de Polímeros e Compósitos, no âmbito do “Newsat” estão a ser desenvolvidos “novos sensores que permitem a medição da energia de determinadas partículas em volta do satélite”. A médio – longo prazo poderá ser possível a montagem de pequenos satélites no Minho ou mesmo proceder ao seu lançamento. Contudo, tendo em conta que este é um projeto que deu os primeiros passos em Janeiro, o responsável considera prematuro avançar com mais pormenores.
Na reta final está o projeto que liga a Stratosphere à Força Aérea Portuguesa e que prevê a monitorização de uma frota de aeronaves TB-30. Uma aeronave utilizada para o treino de pilotos e que, por isso, é premente prever “o seu estado e fazer o prognóstico sobre a sua utilização, para que as equipas de manutenção possam intervir atempadamente”.
A empresa tem em curso projetos de grande dimensão no médio oriente com o mesmo intuito do projeto com a Força Aérea portuguesa.
