“Os docentes e investigadores pediram uma renovação profunda da UMinho”

A Lista A não tem dúvidas de que a vitória alcançada, esta quarta-feira, dia 17 de março de 2021, na representação de docentes e investigadores no Conselho Geral da Universidade do Minho revela que a academia “quer novos atores e novas formas de atuar” na gestão da instituição de ensino superior. 

Dos 1.271 docentes e investigadores, votaram 972. 490 optaram pela lista A, encabeçada por Tiago Miranda e 426 na lista B, liderada por Luís do Amaral. Foram ainda contabilizados 56 votos brancos.

Cada uma das listas elegeu assim seis elementos, um empate que levanta várias questões quanto ao futuro da gestão da Universidade do Minho. A lista B, recorde-se, marca a continuidade e a confiança na reeleição de Rui Vieira de Castro no cargo de reitor em 2021.

Na manhã desta quinta-feira, aos microfones da RUM, Tiago Miranda sublinhou que a lista A é a vencedora “clara” deste ato eleitoral e os resultados “não deixam margem para dúvidas quanto à vontade dos docentes e investigadores de que haja uma renovação profunda e uma mudança na academia que pede novos atores e formas de atuar”.

Segundo o docente da instituição, o movimento da lista A está comprometido com o programa que apresentou e já esperava esta vitória. “Estávamos bastante cientes do sentimento da academia e seguros de que tínhamos um bom projeto. Estamos comprometidos e não estamos eufóricos, estamos tranquilos”, começou por referir. Tiago Miranda referiu que os seis elementos da lista A estão disponíveis para “trabalhar em conjunto para fazer da universidade uma universidade melhor”, objetivo comum das duas candidaturas.

Os representantes agora eleitos terão ainda este ano a responsabilidade de eleger o próximo reitor da UMinho.

Com um empate no número de elementos na representação no CG no que respeita a docentes e investigadores e sendo certo que as duas listas pretendem perfis diferentes, a observação de Tiago Miranda é clara: “Vamos esperar para ver quantos candidatos, quais serão e que programas terão para perceber a melhor solução para a universidade, mas há uma nota muito importante que se pode retirar destas eleições: lista B fez uma aposta muito clara num candidato e a resposta dos docentes e investigadores da UMinho foi muito clara ao dizer que não queriam esse candidato. É uma lição que o CG terá que entender”, sublinhou. Por isso, acrescenta, “é preciso perceber esse sinal. A outra lista tinha como pilar da candidatura a eleição de uma personalidade para reitor e essa proposta perdeu”, atirou.

Ainda quanto à composição do futuro Conselho Geral, Tiago Miranda assegurou que os elementos eleitos vão atuar “positivamente” ouvindo “de forma bastante próxima a academia” já que pretendem um CG que “tenha uma outra atitudade, mais dinâmico e mais próximo das pessoas“. Realçando a importância deste órgão da universidade, o porta-voz da lista A defendeu “uma universidade mais participada, mais viva e mais democrática”.

Os resultados das listas de docentes e investigadores da UMinho

Dos 1271 docentes e investigadores inscritos, votaram 972 (77%), sendo contabilizados 56 votos brancos, 490 votos na Lista A, encabeçada por Tiago Miranda, e 426 na lista B, liderada por Luís do Amaral. Assim, “a Lista A elegeu 6 representantes e a Lista B elegeu 6 representantes”. 

No caso da Lista A foram eleitos conselheiros Tiago Filipe Silva Miranda, Tiago José Quinteiros Lopes Henriques Silva, Patrícia Espinheira Sá Maciel, Maria Cláudia Gonçalves Cunha Pascoal, Luís António Martins Santos e Joana Rodrigues Arantes Silva. 

Pela lista B foram eleitos Luís Alfredo Martins do Amaral, Ana João Gomes Rodrigues, Sandra Cristina Almeida Paiva, João Manuel Cardoso Rosas, Delfina Rosa da Rocha Gomes e Paulo Alexandre da Costa Araújo Sampaio. 

Partilhe esta notícia
Elsa Moura
Elsa Moura

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Alumni pelo Mundo
NO AR Alumni pelo Mundo A seguir: Galiza Mais Perto às 21:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv