Vão ser raros os eleitores em confinamento ou em lares de idosos que vão votar

Começa esta terça-feira e prolonga-se até quarta-feira uma operação inédita de recolha de votos para quem está em confinamento ou quem vive em lares.

A solução, encontrada para estas eleições presidenciais em tempo de pandemia, levou 12.906 eleitores a inscreverem-se de um total de cerca de 300 mil que estão em isolamento por causa da Covid-19 (infectados ou por contactos de risco) e dos perto de 80 mil que vivem em lares para idosos.

No concelho de Braga, entre pessoas em isolamento ou em lares, inscreveram-se 256 pessoas. Já no concelho de Guimarães inscrecreveram-se para votar antecipadamente nesta situação 175 pessoas. Já em Famalicão estão inscritos 138 eleitores.

Rui Moreira vai recolher votos

No Porto, por exemplo, o terceiro concelho do país com mais inscritos para votar nestes dois dias (304), o presidente da Câmara Municipal, Rui Moreira, detalha à TSF que depois das dificuldades iniciais conseguiram reunir 15 equipas de voluntários (dirigentes e funcionários do município) que irão aos lares e às casas de quem está confinado.

Entre os voluntários que vão fazer esta tarefa no Porto está o próprio Rui Moreira que diz que tinha de dar o exemplo e integrar as equipas que devidamente equipadas e cumprindo as regras da Direção-Geral de Saúde (DGS) vão recolher os votos.

De cada vez que se for a um lar ou a uma casa será preciso trocar os equipamentos de proteção num sítio seguro, algo que no caso do Porto obriga os responsáveis da Câmara a irem ao quartel dos bombeiros ou a uma de duas tendas montadas pelos sapadores em zonas distantes da cidade para “facilitar o vai e vem”.

Rui Moreira diz que ele próprio irá, “seguramente, a um lar e não sei se à casa de algumas pessoas, porque a lei diz que deve ser o presidente da Câmara ou quem o representa. Apesar de ser de um grupo de risco não devo pedir voluntários se eu próprio não me voluntariar para essa tarefa”, refere o autarca

Dos 304 eleitores inscritos para este novo tipo de voto antecipado no Porto, 129 estão em casa confinados e 175 em 18 lares, algo que segundo Rui Moreira é pouco sabendo que existem cerca de 80 lares na cidade e 3.500 residentes em lares de idosos, mas que teve a vantagem de facilitar uma tarefa de recolha de votos que será demorada e complexa.

Lisboa garante segurança

Em Lisboa, o concelho do país com mais eleitores inscritos para votar antecipadamente em confinamento (989), a esmagadora maioria dos residentes em lares – cerca de 6 mil – também não irá votar nestas eleições presidenciais.

Carlos Manuel Castro, vereador com o pelouro da proteção civil, explica à TSF que terão 15 equipas, num total de 40 pessoas, a fazer o trabalho de recolha dos votos, sublinhando que a preparação foi bem feita, havendo todas as garantias de segurança.

C/TSF

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