Marcelo Rebelo de Sousa. O recandidato que quer “continuar a dar estabilidade”

“Um facilitador de consensos”. É assim que Marcelo Rebelo de Sousa descreve a sua ação como Presidente da República. Exatamente cinco anos depois, o atual chefe de Estado espera voltar a ser o candidato mais votado no dia 24 de janeiro.
Criticado pela esquerda por dar benesses aos privados ou acusado pela direita de ser um mero parceiro do Governo liderado pelo PS e suportado por PCP e BE, o candidato independente, mas com apoio de PSD e de CDS,
volta a concorrer ao cargo sobretudo devido à atual situação que o país vive.
Numa altura em que se atravessa uma crise sanitária e se adensa uma outra económica, no momento em que anunciou a recandidatura, Marcelo Rebelo de Sousa disse que “não pudia fugir à responsabilidade”. Aos 72 anos e ainda que com um mandato ‘assombrado’ pelos incêndios de 2017, pelo caso de Tancos ou pela morte do cidadão ucraniano à guarda do Estado, considera que é a pessoa certa para “continuar a dar a estabilidade que o país precisa”.
Para os próximos cinco anos no Palácio de Belém, caso vença, o candidato compromete-se a ajudar a “melhorar a economia e reforçar a coesão social e territorial” e “combater a pobreza e a exclusão”. Outro dos desafios, mais imediato, é diminuir a taxa de abstenção, cujo recorde máximo remonta a 2011, 53,48%.
De acordo com as últimas sondagens, Marcelo Rebelo de Sousa deverá vencer na primeira volta, tendo 66,7% das intenções de voto. Sabendo que nenhum presidente perdeu numas segunda eleições consecutivas, resta perceber se vai conseguir chegar aos 70,35%, o maior valor de sempre, de Mário Soares, em 1991.
