“Vamos ter com certeza alunos da UMinho nos Jogos Olímpicos”
A Universidade do Minho galardoou 17 estudantes/atletas pelos seus bons resultados quer ao nível académico como desportivo, esta segunda-feira, na 11ª cerimónia de entrega dos Prémios de Mérito Desportivo, no campus de Azurém.
Na época de 2019/2020, um total de 280 atletas arrecadaram 43 medalhas: 14 de ouro, 15 de prata e 14 de bronze em 12 Campeonatos Nacionais Universitários (CNU´S) e 11 jornadas concentradas. Além disso, os atletas da UMinho conquistaram o 2º lugar no Troféu Universitário de Clubes. Tudo isto até Março de 2020, mês em que a academia minhota foi obrigada a fechar os seus campi devido à pandemia de Covid-19, e praticamente todas as competições foram canceladas ou adiadas.
O Chefe de Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos marcou presença na cerimónia presencial e, em declarações à RUM, congratulou a academia minhota pelos apoios atribuídos aos estudantes/atletas. Segundo Marco Alves este “apoio, carinho e acompanhamento” da parte da instituição, acaba por ser um “passo importante para que eles (estudantes) consigam chegar aos Jogos Olímpicos”.
“É uma questão de tempo, oportunidade e muito trabalho, porque os Jogos Olímpicos são um patamar acessível a menos atletas, mas eu diria que sim. Vamos ter com certeza alunos da UMinho nos Jogos Olímpicos de Tóquio”, afirma.
Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, também partilha deste sentimento de confiança e acrescenta que caso o desejo venha a tornar-se realidade, será mais “uma forma de materialização da aposta da UMinho no desporto”.
A comitiva portuguesa tem como meta arrecadar, pelo menos, duas medalhas.
Carreiras duais têm de ser “reconhecidas e valorizadas”.
Para o responsável máximo da academia minhota, mesmo em tempos de pandemia, o espírito de sacrifício e as conquistas dos estudantes/atletas não poderiam passar em branco. A Universidade do Minho, como universidade completa, vê nas carreiras duais uma mais valia, visto que o desporto acaba por ser um motor para o desenvolvimento de valores como disciplina, espírito de equipa, respeito, dedicação, entre outros.
Mesmo em tempos desafiantes, nomeadamente ao nível psicológico, a UMinho continua a apresentar um “número significativo de estudantes que foram capazes de desenvolver a sua atividade académica com sucesso e, ao mesmo tempo, desenvolveram carreiras desportivas também elas de sucesso, por isso tem de haver da nossa parte (universidade) uma atitude de reconhecimento e valorização”, declara o reitor.
Recorde-se que nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, cerca de 65% dos 92 atletas que integraram a comitiva portuguesa tinham formação superior. Actualmente, todos têm carreiras estáveis nas suas áreas de formação.
Já Rui Oliveira, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, frisou o papel fundamental da UMinho, da associação e dos Serviços de Acção Social na promoção da prática desportiva mesmo em tempos de confinamento. Durante o período em que os campi estiveram de portas fechadas para os seus estudantes, a academia reinventou-se e migrou para o digital com aulas, talks e torneios de e-sports.
Para o dirigente estudantil este esforço “enorme” com o intuito de não cruzar os braços contribuiu para a “saúde mental e bem-estar de toda a comunidade académica”.
Este ano a modalidade mais premiada foi Natação. Seguem-se o atletismo, basquetebol 3×3, judo e kickboxing. Já as escolas mais representadas foram Engenharia e Medicina.
Os Prémios de Mérito Desportivo estão indexados ao valor da propina anual. O montante do prémio varia entre o valor integral da propina para os estudantes que conquistaram medalhas de ouro em competições internacionais universitárias, e 12,5% do valor integral da propina, no caso dos estudantes que se sagraram campeões nacionais universitários em modalidades coletivas ou provas por estafetas.
