Natal sem restrições. Estimado aumento de 800 a 1.200 mortes em Janeiro

Investigadores da Universidade do Porto estimam que, no final de Janeiro, haja entre 800 a 1.200 mortes a mais por causa das celebrações do Natal e fim de ano.
Os cálculos são feitos pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e discutidos na última reunião do Infarmed.
O contágio silencioso, o aumento do número e do tempo dos convívios da quadra natalícia resultarão na subida de novos casos de covid-19 e no aumento do número de mortes.
Covid-19. OMS pede vigilância redobrada durante o Natal e Ano Novo
“A época de festividades é um momento de descontração e de celebração, mas não devemos relaxar na nossa vigilância.”
A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu esta sexta-feira vigilância redobrada durante as celebrações do Natal e do Ano Novo, uma vez que o número de mortes semanais de covid-19 aumentou 60% nas últimas semanas.
“A época de festividades é um momento de descontração e de celebração, mas não devemos relaxar na nossa vigilância. A celebração pode rapidamente transformar-se em luto se não tivermos os devidos cuidados”, alertou o diretor-geral da OMS em conferência de imprensa.
As pessoas que vivem em zonas de elevada transmissão, acrescentou Tedros Adhanom Ghebreyesus, devem considerar os seus planos “com cuidado”. E disse ainda: “Este pode ser o melhor presente que podem dar. O presente da saúde, da vida, do amor, da alegria e da esperança”.
De acordo com a organização, o número de mortes semanais aumentou cerca de 60% nas últimas semanas, sendo que a maioria dos casos e mortes se regista na Europa e no continente americano.
“O aumento de 60% nas mortes nas últimas semanas não está distribuído uniformemente pelo mundo”, disse a responsável técnica para a covid-19, Maria Van Kerkhove, precisando que houve um aumento de quase 100% na Europa, de 54% no continente americano, 50% em África, 15% no Pacífico Ocidental, 10% no Mediterrâneo Ocidental e 7,5% no Sudeste Asiático.
