Braga recebe 3º MYCA. Bacalhau será o rei nas criações dos 16 concorrentes

Estava previsto para os meses de Abril ou Maio, mas a pandemia de Covid-19 acabou por ditar o seu adiamento. É num contexto atípico que os Minho Young Chef Awards (MYCA) chegam pela primeira vez à cidade de Braga, visto que as duas edições anteriores decorreram na Aesacademy, em Vila Nova de Famalicão. O objectivo da organização é que, a curto médio prazo, o concurso percorra as várias cidades da região minhota.

Na terceira edição, que foi apresentada esta quarta-feira no edifício do Gnration, vão participar 16 jovens de oito das 12 escolas profissionais de gastronomia da região do Cavado, Ave e Alto Minho, sendo que cada estabelecimento é representado por dois participantes para as provas de cozinha e sala e bar.

As semifinais têm lugar esta sexta-feira e sábado, 20 e 21 de Novembro, no Centro de Formação da Associação Comercial de Braga, no Campo da Vinha. Já a final está marcada para 10 de Dezembro com transmissão via streaming no Facebook do MYCA. O evento promovido pelo consórcio Minho Inovação está orçado em 25 mil euros.

Pela primeira vez o MYCA terá um prémio material que foi criado pelos alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo.

Organização disponibiliza cabaz com “produtos endógenos” para a semifinal.


A medida visa garantir o equilíbrio na competição. Todos os participantes terão à sua disposição produtos de qualidade, em que o rei será o bacalhau. Os concorrentes são desafiados a transformar um prato típico da região minhota, sem no entanto alterar a sua essência.

Já para a final, os três finalistas de cozinha terão à sua disposição um orçamento de 50 euros para adquirir produtos no comércio local e os três finalistas de sala e bar 30 euros para vinhos verdes e cerveja artesanal.

A competição vai decorrer em plena segunda vaga da pandemia do novo coronavírus, por isso as medidas de segurança foram reforçadas. Em resposta à questão colocada pela RUM, Rafael Oliveira da organização dos MYCA explica que os participantes vão estar distribuídos por duas salas, uma dedicada à confecção de alimentos e outra para os chefes de sala.

Só existirá um momento em toda a competição em que os concorrentes terão de se encontrar, este é quando o colega de cozinha apresenta o prato e o chefe de sala a sua proposta para harmonização do prato aos júris da competição. As provas têm a duração de uma hora.

Também no painel de jurados existem alterações. Durante a competição só é permita a entrada individual nos espaços em que estão a decorrer as provas. O júri será composto por 20 elementos que irão alternadamente participar nas provas, ou seja, os elementos de todas as provas serão distintos com excepção do responsável, o chefe António Loureiro.

“Jovens têm de ter uma oportunidade”, Ricardo Rio.


Para o presidente da CIM do Cavado era premente avançar com a competição mesmo em tempos de grande incerteza, visto que esta é uma forma da região dar uma oportunidade aos jovens profissionais que devido à situação pandémica não tiveram oportunidade de ter uma primeira experiência, através de estágios, no mundo do trabalho.

Ricardo Rio frisa também que a gastronomia é um “grande activo da região”, que prima pela sua distinção, qualidade e relevância, logo deve ser promovido.

A premissa foi realçada por José Martins representante da CIM do Ave que não tem dúvidas que no período pós-covid o sector irá necessitar destes jovens mais qualificados. “É importante promover o ensino profissional nos cursos quer de técnico de cozinha como de restauração e bar”, refere.

A gastronomia é uma das áreas mais valorizadas pelos turistas, por conseguinte o consórcio Minho Inovação está a desenvolver quatro iniciativas que têm como missão valorizar os sabores da região. As propostas foram apresentadas por Júlio Pereira, primeiro secretário da CIM do Alto Minho, que destacou “a Carta Gastronómica do Minho” que será apresentada em Abril de 2021. Actualmente já contempla mais de 400 receitas tradicionais.

O consórcio está também a desenvolver 24 acções de qualificação de produtos e recursos gastronómicos do Minho. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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