“O Hospital de Barcelos não é uma prioridade para o Ministério da Saúde”

O Bloco de Esquerda acusa o Governo de não considerar prioritária a construção do novo Hospital de Barcelos e a autarquia de não estar a fazer tudo o que é possível para avançar com o processo. O tema foi abordado esta segunda-feira pelo presidente da comissão distrital do partido e deputado na Assembleia da República.

Os bloquistas questionaram a Ministra da Saúde sobre o estado actual da situação. Na resposta, de acordo com José Maria Cardoso, Marta Temido terá dito, “não textualmente, mas, de forma sintética, que não é uma prioridade para o Ministério da Saúde, mas que não deixa de estar na calha das possibilidades para poder ser prioridade daqui a algum tempo”. “Deixou ainda entender que será sempre algo a construir em função da candidatura a fundos comunitários”, acrescenta.


Um dos motivos que tem atrasado o início das obras é a ausência de um projecto funcional para o novo Hospital de Barcelos, situação que foi alertada pela Administração Regional de Saúde do Norte em 2019. José Maria Cardoso refere que, passado um ano, “ainda não foi feito nada” e que “a ministra disse agora ser preciso criar um perfil assistencial”. “Ou seja, antes era ‘projecto funcional’ e passou a chamar-se ‘perfil assistencial’. Só muda o nome”, acrescenta.


De acordo com a resposta dada ao Bloco de Esquerda, a ministra da Saúde terá referido que “o presidente da câmara tomou conhecimento da situação numa reunião realizada a 13 de Agosto deste ano”. Para José Maria Cardoso é “inaceitável” que Miguel Costa Gomes não “tenha dito nada desde então”, lembrando que existe uma comissão de acompanhamento para a construção do novo hospital, em sede de Assembleia Municipal, que não reune há mais de um ano.

O assunto do novo hospital foi abordado na conferência de imprensa de apresentação dos contributos do Bloco de Esquerda para o Orçamento Municipal do próximo ano. O presidente da comissão distrital do partido, que é também deputado municipal, instiga o autarca barcelense “a dar um sinal que a obra é uma prioridade para a autarquia”. “O presidente da câmara devia alocar uma verba nem que fosse para abrir a porta para a compra dos terrenos. Tem é de ser consistente. Não são os tais 50 euros que às vezes aparecem”, acrescenta.



BE critica utilização do pavilhão municipal para a troca de roupa dos profissionais

Outro assunto levantado pelo Bloco de Esquerda é o facto de os funcionários do Hospital de Barcelos serem obrigados a mudar de roupa no pavilhão municipal antes e depois do serviço. José Maria Cardoso, que, na qualidade de deputado na Assembleia da República enviou uma pergunta ao Ministério da Saúde sobre essa situação, refere que é “uma prática que se arrasta há oito meses”.


O bloquista afirma que “existe a agravante de que agora decorrem actividades desportivas no pavilhão e que os profissionais cruzam-se com os atletas”. Além disso, alerta, “durante o percurso, são expostos a uma diminuição de condições sanitárias e higiénicas”, revelando-se contraproducente com as regras exigidas pelo administração hospitalar.

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Tiago Barquinha
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