Que novos hábitos foram implementados pela pandemia? 

A pandemia de Covid-19 instalou novos hábitos de consumo na sociedade. Este é o tema da conversa desta noite no programa da RUM sobre ciência, o UM I&D. Poupança, alimentação, marketing e e-commerce. O que mudou afinal com a pandemia do novo coronavírus.

Em tempos de incerteza a poupança é rainha.

Beatriz Casais, professora da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (UMinho), garante que em tempos de incerteza os consumidores tendem a retraírem-se. Se por um lado aprendem a poupar, por outro este acto tem “consequências muito graves para a economia” devido à falta de consumo. Ora, por isso deve ser encontrado um equilíbrio para que a poupança não destrua a economia. O caminho, na óptica da especialista em marketing, passa por transmitir “confiança” aos consumidores.

Falhas no target demonstram que transição das empresas para o digital foi abrupta.


A pandemia acabou por administrar um tratamento de choque às empresas no que ao digital diz respeito. “Em algumas empresas eu acredito que proceder a essa transformação digital é um processo lento e difícil” que exige, acima de tudo, planeamento. Beatriz Casais acredita que sem a pandemia algumas empresas demorariam anos a agir. Há um risco de falta de target, contudo este é o momento de “afinar estratégias” e continuar o trabalho que já foi feito.

Produtos com selo biológico ganham terreno.


Com o confinamento os cidadãos passaram a preferir “alimentos mais frescos” e de época. As compras habituais passaram a ser feitas em lojas de proximidade em detrimento das grandes superfícies. Para além disso, os produtos com selo biológico acabaram por ganhar relevância.

No que diz respeito ao e-commerce, a especialista em marketing sublinha que esta foi uma prática que ganhou adeptos que nunca tinham tido uma experiência em compras online. Porém, com o desconfinamento e o regresso dos cidadãos aos seus postos de trabalho, as pessoas deixam de estar em casa para receber as encomendas, um grande ponto negativo para algumas empresas que não contam com um ponto de recolha.

As pessoas, na opinião de Beatriz Casais, vão “procurar showrooms para ter a experiência dos produtos” que podem, posteriormente, acabar por adquirir no digital.

Quando questionada sobre se voltaremos a ter enchentes nos centros comerciais aos fins-de-semana, a docente da academia minhota responde com cautela. Contudo, afirma não acreditar em teses que defendem o “apocalipse” destes serviços. “São locais de experiência não só de consumo”, sustenta. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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