“Não podemos perder a vida pelo vírus, mas isso implica enorme disciplina”

“Não sabemos, ninguém sabe, quando termina a pandemia e sabemos que até haver uma vacina ela não desaparecerá. A semana passada havia um enorme optimismo que o processo de avanço das vacinas estava rápido. Hoje, todos acordamos com uma má noticia que pelo menos um processo da vacina teve que ser suspenso”. Foi desta forma que o primeiro-ministro reagiu, esta quarta-feira, em Guimarães, à suspensão dos testes da fase final da vacina contra o novo coronavírus anunciada pela farmacêutica AstraZeneca, após uma suspeita de reação adversa séria num participante do estudo.
Recorde-se que a AstraZeneca diz tratar-se de uma ação de rotina, que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada num dos ensaios, enquanto ela é investigada”, de forma a garantir que é mantida “a integridade dos ensaios”.
“Não podemos perder a vida pelo vírus”, afirmou António Costa. No entanto, lembrando o período de “incerteza” que o mundo vive, devido à pandemia da Covid-19, o chefe do Governo português apela à “disciplina de todos no uso da máscara, na lavagem das mãos, no distanciamento, cumprindo todas as regras e adaptando o espaço público, como galerias de exposição, salas de aula e locais de trabalho”.
Em Guimarães, à margem da visita à Contextile – 5.ª Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, António Costa afirmou que não é altura de “deixar cair os braços e desistir”. “Este é o momento de arregaçarmos as mangas e fazer aquilo que sempre fizemos, contra ventos e marés, e também vírus, cá vamos nós seguir em frente, no destino, rumo ao futuro e isso faz-se com todos”, apontou Costa.
O primeiro-ministro afirmou que Portugal terá que saber viver com o vírus, que uma coisa é “fundamental”, mas que é preciso “fazer mais e não parar”.
