Feira do Livro de Braga foi “uma porta que se abriu para o universo digital”, diz vereadora

Os bracarenses despediram-se esta sexta-feira da 29ª edição da Feira do Livro que de Braga que decorreu nos últimos dois meses no espaço digital. Uma novidade para todos que é analisada pela organização como uma oportunidade dos livreiros se aproximarem do universo digital. A vereadora da Cultura Lídia Dias assume o contexto possa não ter sido “satisfatório” para todos no que respeita a vendas, mas sustenta que a realização da Feira do Livro de Braga neste contexto foi a opção “mais lúcida”.

No balanço deste ano feito via comunicado, a organização refere que foram vendidos 600 exemplares pelos expositores participantes na primeira Feira do Livro de Braga exclusivamente digital. A plataforma Dott, utilizada para o efeito, contabilizava seis mil livros disponíveis associados aos 20 expositores participantes.

A 29ª edição prolongou-se por dois meses, e contou um total de 49 horas de actividade com várias sessões em streaming na presença de autores convidados. Foram para o ar treze conversas com escritores e outras personalidades. A organização da Feira do Livro de Braga realça, na edição deste ano, a aproximação a outros públicos com visitas de utilizadores de diferentes países do Mundo.

Aproximadamente 40% das visitas virtuais correspondem a bracarenses, seguindo-se Porto e Lisboa com mais visitantes registados.

Nas palavras da vereadora da Cultura, Lídia Dias, é um balanço “positivo apesar das circunstâncias”. Considerando a edição de 2020 “mais lúcida em face do contexto”, a responsável considera que pela via digital a visibilidade dos livreiros e do evento em si “cresceu”.

Assumindo que o “ideal” era que a feira se tivesse realizado no formato habitual, Lídia Dias refere que a solução é a mais adequada às limitações que a pandemia impõe.

A vereadora da Cultura reconhece o balanço das vendas “não foi satisfatório para todos”, mas acredita que a oportunidade criada por esta pandemia “poderá ter permitido uma abertura promissora ao universo digital, que poderá potenciar as próximas edições da Feira do Livro de Braga” que, espera, “possa regressar à normalidade”.

“Este ano tivemos uma Feira do Livro diferente e, com recurso às plataformas digitais, foi possível alcançar público nacional e internacional. Essa é a imagem que fica da edição deste ano e que, apesar das circunstâncias excepcionais, se revelou um evento agregador de um sector cada vez mais fulcral na nossa sociedade”, refere Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga e da InvestBraga, lembrando que “houve a preocupação de desenvolver várias acções de promoção das livrarias, alfarrabistas e editores com a finalidade de os apoiar de forma a recuperarem rapidamente destes meses difíceis”. 

Em 2021, “esperamos voltar ao formato tradicional e continuaremos a contribuir para que Braga tenha um papel importante na promoção da leitura”, conclui Ricardo Rio.

Já José Teixeira, Presidente do Conselho de Administração da dst group, confessa que “num ano único e enlouquecido, a dst também se adaptou para vencer o «19»” e que “sem as armas da liberdade, sem a literatura e a poesia, tudo seria ainda mais difícil e a loucura navegaria mais incontrolável”. 

O mecenas da feira afirma que o grupo “continua, como há 25 anos, a promover o Grande Prémio de Literatura e a apoiar a festa dos livros e da leitura, a apoiar a Feira do Livro de Braga”. 

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Elsa Moura
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