“A deficiência obriga a que tenhámos mais cuidados que um atleta dito normal”

A equipa de basquetebol em cadeira de rodas da Asociação Portuguesa de Deficientes (APD) – Braga começa os treinos na próxima terça-feira. A um mês e meio do arranque da competição, a formação tetracampeã nacional volta ao trabalho sem qualquer condicionante, à excepção do cumprimento das regras sanitárias.

Apesar de os cidadãos portadores de deficiência estarem incluídos num grupo de risco, não existe qualquer distinção entre os atletas de desporto regular e de desporto adaptado, segundo a norma mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Assim sendo, como a modalidade está integrada na Federação Portuguesa de Basquetebol – todas as competições são consideradas de médio risco -, o presidente da delegação de Braga explica que “os cuidados têm de ser tomados pelos próprios jogadores”.

Manuel Vieira destaca que “a deficiência obriga a que existam mais cuidados que um atleta dito normal, algo que se agrava numa situação de pandemia”. “Os atletas, pelo próprio organismo e pela especificidade da deficiência, poderão ser mais vulneráveis a algumas doenças”.



Testagem à Covid-19. APD – Braga poderá recorrer ao protocolo com a Câmara Municipal

Sendo considerada uma modalidade de médio risco, a realização de testes à Covid-19 no basquetebol, incluindo em cadeira de rodas, não é obrigatória. Ainda assim, terão de ser feitos testes aleatórios até 48 horas antes do jogo seguinte se, pelo menos, uma das equipas estiver localizada numa zona com transmissão comunitária activa do vírus.


“Isto preocupa-me imenso porque três das sete equipas do campeonato – APD Lisboa, Sporting CP-APD Sintra e GDD Alcoitão – situam-se em Lisboa e Vale do Tejo. Como essa região tem os maiores surtos, a ser levada avante a obrigatoriedade de despistagem dos atletas, será um gasto enorme para os clubes”, receia.

Atendendo a que o custo médio de um teste de rastreio ronda os 100 euros e que o plantel da APD – Braga é formado por 18 jogadores – podem ser inscritos 12 em cada partida -, Manuel Vieira adianta que já foram encetados contactos com a Federação Portuguesa de Basquetebol e o Comité Paralímpico para “perceber o que pode ser feito”. 


Anualmente, a Câmara Municipal apoia a associação em 22 mil euros. Assim sendo, o presidente acredita que “os testes, a serem realizados, poderão ser abrangidos pelo protocolo”. 



Campeonato arranca a 17 de Outubro


Excluindo a última época, em que não foram atribuídos troféus referentes ao campeonato e à Taça de Portugal, a APD – Braga venceu todas as competições nas quatro temporadas anteriores. 


Perspectivando a próxima época, que começa no dia 17 de Outubro, com um desafio frente à APD – Paredes, fora de casa, o presidente da associação garante que a ambição continua intacta. 


“O pensamento dos atletas está única e exclusivamente apontado ao troféus em competição. Independentemente das competições, vamos lutar pelo campeonato e pela Taça de Portugal. Já a Supertaça, à partida, não será jogada”, antevê.

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Tiago Barquinha
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