“Terminar a carreira internacional nos Jogos Olímpicos seria a cereja no topo do bolo”

Humberto Gomes espera encerrar o percurso na selecção portuguesa nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram adiados para o Verão do próximo ano. O desejo foi assumido pelo guarda-redes de andebol no programa RUM(O) Desportivo, emitido na última sexta-feira.
Com a presença no Mundial do Egito, que se joga em Janeiro, já assegurada, Portugal disputa, em Março, em França, o torneio pré-olímpico, onde terá como adversárias a selecção local, a Túnisia e a Croácia – apuram-se as duas melhores para os Jogos de Tóquio. Olhando para as duas competições que se avizinham, o ex-atleta do ABC/UMinho sente que ainda pode “merecer a confiança de Paulo Pereira e ajudar a selecção nacional”.
Agora ao serviço do Póvoa Andebol, que vai disputar a liguilha de acesso à primeira divisão, em Setembro, Humberto Gomes reconhece que “as coisas podem tornar-se mais difíceis”, mas, ainda assim, mostra-se esperançoso. “Se estivermos a fazer uma boa figura no Andebol 1 [principal escalão da modalidade], caso cheguemos lá, e eu estiver em grande forma, acho que estarei presente. Vou trabalhar para isso”, acrescenta.
Advertindo que Portugal terá “uma missão bastante complicada” para chegar a Tóquio, o guarda-redes confessa que “terminar a carreira internacional nos Jogos Olímpicos seria a cereja no topo do bolo”. Atendendo à situação actual, a nível desportivo e em termos profissionais, Humberto Gomes considera que, depois disso, será a altura de parar, referindo que “há grandes guarda-redes, mais novos, que estão a chegar à ribalta”.
“A nossa selecção mudou o estigma que havia de sermos os coitadinhos”
Depois de 14 anos sem participar numa grande competição, no espaço de um ano e meio, Portugal poderá estar presente em três, caso se apure para os Jogos Olímpicos. No passado mês de Janeiro, a selecção ficou em sexto lugar no Campeonato da Europa, que se realizou na Noruega, Suécia e Áustria.
Para Humberto Gomes, a passagem pela prova foi “um momento único”, depois de estar “arredado durante alguns anos da selecção por não ter sido opção”. A nível colectivo, o atleta do Póvoa Andebol fala de um Europeu “fantástico”. “A nossa selecção mudou o estigma que havia de sermos os coitadinhos. O nosso desempenho fez com que o andebol voltasse às bocas de Portugal”, analisa.
