Braga passa a acolher o maior recinto de basquetebol de rua da Europa

O espaço situado na freguesia de São Victor tem uma dimensão de mil metros quadrados.

O maior campo de basquetebol de rua da Europa situa-se agora em Braga. O Polidesportivo de São José, nas Enguardas, localizado na freguesia de São Victor, conta com uma dimensão de mil metros quadrados e foi intervencionado durante o último mês por Contra, que o transformou também num espaço artístico.

A iniciativa foi promovida pela Câmara Municipal, em parceria com a Hoopers, plataforma de apoio para jogadores e fãs de basquetebol. Em declarações à RUM, a vereadora do Desporto fala de um projecto que terá “uma importância vital para o concelho”, assentando numa dupla vertente.


“Naquela localidade [no Bairro das Enguardas] existem muitas crianças e jovens e pretendemos que a prática de basquetebol seja generalizada. Esperamos que seja também um equipamento que permita fazer uma integração social e cultural dos habitantes”, explica. Nesse sentido, o campo vai estar aberto à comunidade e a sua utilização será gratuita.


Destacando que o polidesportivo estava “totalmente degradado”, Sameiro Araújo adianta que o Sporting Clube Leões das Enguardas ficará responsável pela gestão do espaço, o que vai potenciar “a reactivação da equipa de basquetebol”. O valor total da intervenção, que incluiu também a reabilitação dos balneários, rondou os 50 mil euros.

Contra, artista responsável pela intervenção, olhou para o campo como uma tela

O Polidesportivo de São José é agora composto por sete tabelas e por três campos: um de 5×5, outro de 4×4 e ainda um de 3×3, sendo o primeiro em Portugal dedicado exclusivamente a esta vertente do basquetebol, que vai passar a ser olímpica já em Tóquio, no próximo ano, estando elegível para receber competições da FIBA – Federação Internacional de Basquetebol.

Além de figurar como o maior campo de basquetebol de rua da Europa, há uma componente artística associada ao espaço. Rodrigo Gonçalves, mais conhecido por Contra, explica que olhou para o recinto “como uma tela”, criando uma estrutura onde decidiu “fugir das linhas do próprio campo para criar a sensação de movimento”. 


“Costumo utilizar no meu trabalho cores fortes e usei a minha palete para criar uma composição que funcionasse como um todo, apesar de serem muitos campos”, refere.


O artista demorou cerca de duas semanas para desenvolver o projecto fora do polidesportivo, sendo que foram necessários sete dias no terreno para realizar a intervenção. A maioria dos trabalhos de Contra é feita em paredes e não no chão. Assim sendo, explica que foi necessário adaptar a sua estratégia.


Ao contrário do que costuma fazer nas paredes, com a utilização de vários materiais, incluindo o spray, o artista refere que neste caso foi preciso “usar uma tinta bicomponente com um endurecedor que permitisse aumentar a durabilidade da pintura”.

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Tiago Barquinha
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Carolina Damas
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