Em 2024 o Mosteiro de Rendufe pode já ser uma unidade hoteleira

A partir desta sexta-feira, 7 de Agosto, já é possível concorrer ao processo de concessão para a reabilitação do Mosteiro de Santo André de Rendufe, em Amares, Braga, no âmbito do programa “Revive Património”.

Com uma área total de construção de 5.565 m2, o investimento estimado para a recuperação e adaptação do imóvel à exploração turística é de 5,5 milhões de euros.

Aos jornalistas a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, adiantou que o investimento no local deve ser de “vocação turística”, ou seja, não está fechado que venha a nascer, no local, uma unidade hoteleira como tinha sido avançado, em 2019, pelo presidente da Câmara Municipal de Amares, Manuel Moreira.

Recorde-se que estava prevista a construção de um hotel de cinco estrelas com 40 quartos e uma piscina que iria nascer no actual passal do mosteiro.

“O concurso não estabelece limite, o único requisito é que seja para fins turísticos”, declara a secretária de Estado do Turismo.

Trata-se do 22.º concurso lançado no âmbito do REVIVE. Os investidores privados, que estejam interessados no imóvel, têm 126 dias para concretizar a sua proposta. A secretária de Estado realça que “se tudo correr dentro da normalidade, em Dezembro”, estará tudo apostos para avaliar as mesmas.

O projecto seleccionado pela secretaria de estado do turismo, terá direito a explorar o espaço por 50 anos.

Neste momento, é estimado que as intervenções no Mosteiro de Rendufe decorram ao longo de 24 meses. António Ponte, director regional de Cultura do Norte, alerta que este não é um período certo, uma vez que podem existir imprevistos durante a obra. Se tudo correr dentro do previsto, em 2024, o projecto deverá estar concretizado.

Quando questionado sobre os claustros, o director regional de Cultura do Norte explica que estes serão intervencionados no âmbito do concurso, porém o espaço não ficará vinculado à unidade hoteleira. Ou seja, está garantida a fruição pública.

Um Mosteiro cheio de história.

O Mosteiro de Santo André de Rendufe foi um dos principais centros beneditinos portugueses entre os séculos XII e XIV, remontando a sua construção a data anterior a 1090. O conjunto monástico encontra-se actualmente em ruínas mantendo, contudo, a silhueta arquitetónica e o marcante aqueduto. 

Isolado entre vinhas, o acesso faz-se através de um imponente terreiro enquadrado com a fachada barroca da Igreja e o conjunto monástico a sul, o dormitório que remonta a 1728 e o claustro, do qual subsistem as ruínas do primeiro nível com arcadas e capitéis toscanos.

Este é um dos 33 imóveis inscritos na primeira fase do REVIVE, um programa da iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças que conta com a colaboração das autarquias locais. Pretende-se assim valorizar e recuperar o património devoluto, reforçar a atratividade dos destinos regionais e o desenvolvimento de várias regiões do país.

Em 2019 foi lançada a segunda edição do REVIVE, com a integração de 16 novos imóveis, totalizando agora 49 imóveis, dos quais 21 se localizam em territórios do interior.

Até ao momento foi adjudicada a concessão de 16 imóveis no âmbito deste Programa, que representam cerca de 135,5 milhões de euros de investimento na recuperação de imóveis públicos e rendas anuais na ordem dos 4,4 milhões de euros

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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