Governo admite acabar com restrições de lotação nos transportes

O Governo admite acabar com as limitações à lotação dos transportes públicos. Em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, invoca o exemplo de outras capitais europeias, onde não existem estas restrições e afirma que diversos estudos internacionais demonstram que não existe uma relação entre o uso de autocarros, comboios ou metro e surtos de Covid-19.

O ministro justifica a eventual decisão do Governo com o facto de, em horas de ponta, ser difícil impor os limites em vigor.

“É difícil controlar a lotação num comboio, por exemplo, de Sintra, que leva duas mil pessoas, que tem vinte e tal portas, quatro plataformas na estação,… Não conseguimos controlar, é impossível”, declara Pedro Nuno Santos.

O ministro desvaloriza a possibilidade de contágio da Covid-19 nos transportes públicos, alegando que existem “estudos internacionais [que] vão nos mostrando que não é esse o problema”. Pedro Nuno Santos vai mais longe e refere o exemplo dos próprios funcionários da CP, que “trabalham diariamente dentro de comboios”, apontando que, num universo de cerca de dois mil trabalhadores, até agora, foram registados apenas “três infetados”.

Assim, o ministro das Infraestruturas e da Habitação considera seriamente deixar cair as limitações à capacidade máxima dos transportes públicos. “Temos de equacionar isso, porque, de outra forma, vamos ter problemas sérios de mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa”, justifica. Atualmente, os comboios, autocarros e metro só podem circular com até dois terços da capacidade normal, para permitir uma distância de segurança entre os passageiros.

Pedro Nuno Santos insiste que Portugal é “dos poucos países da Europa” onde há restrições à lotação dos transportes públicos e compara a situação com a de outras capitais europeias “onde há uma intensidade de utilização de transporte urbano muito maior”.

“Aquilo que nós temos de fazer é garantir que as pessoas todas usem máscara e garantir a higienização diária (sempre que possível, mais do que uma vez) dos comboios”, defende.

c/ TSF

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